MANAUS – O ministro Eduardo Pazuello (Saúde) anunciou, nesta segunda-feira (11), em Manaus, três cronogramas para o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI).
A primeira da data seria 20 de janeiro. A segunda, entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. E a terceira entre 10 de fevereiro e início de março.
As datas, segundo ele, dependem da aprovação de uso emergencial da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) das duas vacinas que serão produzidas no Brasil, a CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac com o Butantan, e o imunizante desenvolvido pela Astrazeneca em parceria com a Fiocruz.
Pazuello disse que a vacinação será simultânea em todo o País e, no que depender do Governo Federal, não será obrigatória. “Mas temos os outros poderes”, emendou.
Ao rebater as críticas sobre a demora no início da vacinação no Brasil, o ministro detalhou os contatos com os laboratórios e farmacêuticas, afirmando que o governo mantêm acertos com a maioria deles, mas que nenhuma das vacinas importadas será suficiente para dar conta da demanda brasileira, uma vez que a oferta apresentada é muito abaixo da necessidade de vacinação.
CoronaVac
O ministro disse ainda que todas as vacinas produzidas pelo Butantan serão usadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), via PNI, uma vez que o Governo Federal seria o único com contrato fechado com o Butantan.
O Governo de São Paulo anunciou que iniciará a vacinação com a CoronaVac no dia 25 deste mês. O Butantan é vinculado ao governo paulista.
Ministro nega prioridade ao AM
Apesar dos reiterados pedidos do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), por um plano de vacinação diferenciado para o Estado, Pazuello voltou a repetir que a imunização começará simultaneamente no país. “A prioridade é o Brasil”, disse o ministro.
Wilson defende que o Ministério da Saúde envie com antecedência e em maior quantidade as doses da vacina ao Estado. Para embasar o pedido, o governador destaca a dificuldade logística enfrentada pelo governo para garantir que o imunizante chegue a cada comunidade do interior, por causa da ausência de estradas e e aeroportos em todos os municípios.