MANAUS – Depois da votação em Plenário que lhe assegurou uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (1º), André Mendonça agradeceu a senadores da Frente Parlamentar Evangélica e disse que a aprovação é “um salto para os evangélicos”, que, segundo afirmou, passarão a ter um representante na Corte.
“É um passo para um homem, mas, na história dos evangélicos do Brasil, é um salto. É um passo para o homem, um salto para os evangélicos. Responsabilidade muito grande. Uma nação, 40% dessa população hoje é representada no STF”, declarou.
Segundo ele, “o povo evangélico tem ajudado este país e quer continuar ajudando”.
André Mendonça foi sabatinado por nove horas ao longo do dia pelos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na ocasião, prometeu respeitar o Estado Laico e demonstrou ser garantista e constitucionalista. No Plenário, teve 47 votos favoráveis e 32 contrários.
Quando ministro da Justiça e advogado-geral da União (AGU) teve posições e medidas que contrariam boa parte do jurista que prometeu ser no Supremo.
Definido pelo ex-chefe Jair Bolsonaro, que o indicou, como “terrivelmente evangélico”, Mendonça será o segundo ministro do STF indicado por Bolsonaro — o outro é Kassio Nunes Marques, aprovado em outubro do ano passado por 57 votos a 10.
André Mendonça tem 48 anos. Se não se aposentar antes por iniciativa própria, poderá permanecer no Supremo até os 75 anos, idade em que a aposentadoria é compulsória — na Câmara, tramita uma proposta que reduz essa idade para 70 anos.
A data de posse de André Mendonça ainda será agendada pelo presidente do STF, ministro Luiz Fux. Em nota, Fux disse que pretende realizar a cerimônia de posse até o fim do ano.