Da Redação |
Doze policiais militares suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro pessoas, na última quarta-feira (21), foram presos neste sábado (24).
Os policiais se encontram na unidade prisional da Polícia Militar, em Manaus.
Em nota, a SSP-AM informou que foi a autora dos pedidos de prisão, acatados pela Justiça neste sábado.
“Conforme determina a legislação penal brasileira, em 24 horas os militares serão encaminhados para a audiência de custódia, onde ficarão à disposição da justiça. A Justiça também acatou os pedidos de busca e apreensão feitos pela Polícia Civil. As investigações prosseguirão com as oitivas dos militares para esclarecimento do caso”, informou a secretaria em nota.
A PM-AM já havia afastado os policiais das funções. Um inquérito militar para apurar a conduta dos suspeitos foi instaurado.
“A SSP-AM ressalta o trabalho integrado entre a PMAM, PC-AM e a Corregedoria-Geral da SSP-AM para dar celeridade à elucidação do caso e reforçar que o Sistema de Segurança Pública do Amazonas não compactua com desvios de conduta de quaisquer servidores”, completou a secretaria.
O caso
Os policiais foram filmados abordando as vítimas da chacina na noite de terça-feira (22). Na manhã seguinte, os dois homens e as duas mulheres que estavam em um carro branco (Onix) foram encontrados mortos, com marcas de tiro e sinais de tortura.
No vídeo que começou a circular na Internet no final da tarde de quarta, é possível ver os policiais da Rocam vasculhando o carro, enquanto as duas mulheres aparecem de frente para uma viatura com as mãos para cima. Em outro trecho, elas aparecem na mesma posição, de frente para um muro.
A decisão da PM-AM de investigar os policiais e afastá-los do trabalho foi motivada pela divulgação dos vídeos.
As vítimas foram identificadas como Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, Lilian Daiane Máximo Gemaque, de 31 anos, Alexandre do Nascimento Melo, de 29 anos, e Luciana Pacheco da Silva, 22 anos.
Diego e Lilian eram irmãos. Alexandre e Lucina eram casados.