MANAUS – A capital amazonense deve ter duas manifestações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo dia 7 de setembro. Isso porque há um racha entre dois líderes bolsonaristas locais: o coronel Alfredo Menezes e o empresário Romero Reis.
Menezes promove um ato a ser realizado na Praça do Congresso, no Centro. Já a manifestação encabeçada por Romero e outros movimentos deve ser na Ponta Negra.
Na manhã desta quarta-feira (24), Menezes tratou de explicar que o ato promovido por ele e movimentos de direita não poderia ser realizado na Ponta Negra por veto do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). O coronel reformado, ex-superintendente da Suframa e padrinho de casamento de Bolsonaro, publicou um ofício do orgão negando solicitação em face da pandemia de Covid-19.
Uma hora depois, Romero Reis, o milionário sócio da RD Engenharia, publicou um vídeo dizendo que havia acabado de receber a confirmação do Implurb de liberação da área para a manifestação e que um ato autorizando seria publicado em breve.
O ESTADO POLÍTICO questionou o Implurb sobre as afirmações e aguarda resposta.
Havendo ou não autorização para o evento na Ponta Negra, o fato é que há um racha, na verdade, antigo entre Menezes e Romero.
Um seguidor de Menezes no Instagram comentou que não acreditava que houvesse dois eventos separados. Menezes respondeu perguntando se ele acreditava mesmo que Romero era de direita.
Menezes e Romero, inclusive, não estiveram juntos na disputa pela Prefeitura de Manaus. Menezes saiu candidato pelo Patriota e Romero, pelo Novo (neste ano ele anunciou saída do partido).
A realização de dois eventos tem deixado seguidores dos dois bolsonaristas confusos. Uns defendem a unificação do ato. Outros criticam ou Romero ou Menezes por tentaram mais se promover politicamente com o protesto pró-Bolsonaro do que com a causa: o voto impresso (já sepultado pelo Congresso Nacional).
Confira as publicações de Menezes:
Confira as publicações de Romero:
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