MANAUS – O vice-governador do Amazonas e chefe da Casa Civil, Carlos Almeida Filho (PRTB), respondeu às cobranças do prefeito de Manaus, Arthur Neto, para que o estado pague dívida de R$ 800 milhões de repasses de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), referente ao período de 2004 a 2008.
“Essa alegada dívida de R$ 800 milhões ainda está judicializada e ainda se pende de uma concretização judicial para se decidir se há responsabilidade ou não. Então, esse é o primeiro ponto e R$ 800 milhões para o estado do Amazonas dispor diante da crise atual não é algo que se possa fazer sem ter um planejamento adequado. Isso não foi algo criado por nós e recebemos isso como uma herança de governos que deixam problemas para que possamos resolver”, disse Carlos Almeida, durante entrevista nesta sexta-feira (16).
A declaração foi uma reação aos ataques do tucano contra o vice e o governador Wilson Lima (PSC), na quinta-feira (15).
Na quinta, Arthur convocou entrevista coletiva, na orla da Ponta Negra, para apresentar explicações sobre o valor de uma parada de ônibus construída no local. A obra vai custar R$ 207 mil. Durante a fala, o prefeito iniciou uma série de críticas ao governo. Em uma delas, o tucano disse que Carlos ajudou na instalação de uma invasão na cidade, que hoje é comandada por traficantes.
Nesta sexta, Carlos Almeida afirmou que, na partilha do ICMS entre municípios, Manaus vem levando uma fatia maior do que a que lhe é devida, causando “discrepância” com os demais.
“Há uma discussão também com relação a distribuição do ICMS, que necessariamente precisa ser distribuído para os municípios. É sabido, inclusive pela AAM, que existe um desbalanceamento com relação ao ICMS e o município de Manaus tem uma parcela de ICMS muito maior do que deveria estar recebendo, causando discrepância para os demais”, declarou o vice-governador.
Segundo Carlos Almeida, esse “discurso” Arthur Neto “prefere não fazer”.