MANAUS – Em manifesto publicado na manhã desta segunda-feira (30), líderes da esquerda exigem a renúncia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, entre outras coisas, tem estimulado o afrouxamento da quarentena contra a proliferação do novo coronavírus.
Na carta pública, as lideranças também propõem uma série de medidas emergenciais a serem tomadas. Assinam a carta, entre outros, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); o candidato do PT derrotado no segundo turno em 2018, Fernando Haddad; o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado em 2018; e Guilherme Boulos, candidato pelo Psol nas últimas eleições presidenciais.
No texto, o grupo de esquerda unificado – que inclui outros líderes como Gleisi Hoffmann, Manuela D’Ávila, Roberto Requião e Tarso Genro – afirma que a situação de emergência no Brasil “é agravada por um presidente da República irresponsável”.
“Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas”, escrevem.
Segundo eles, neste momento é preciso mobilizar “sem limites” todos os recursos públicos necessários para salvar vidas.
Para o grupo, Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar a crise, que compromete a saúde e a economia.
“Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública”.