MANAUS – A construção de um aterro sanitário na Área de Preservação do Tarumã e suas consequências para o meio ambiente de Manaus foi o principal tema abordado pelos deputados estaduais, na Sessão Plenária, desta quinta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
A deputada Alessandra Campêlo (Podemos) abordou a construção da lixeira na área de preservação do Tarumã pela empresa Marquise que, segundo ela, destruirá o meio ambiente na região.
“Há pouco tempo estávamos discutindo a retirada dos flutuantes no rio Tarumã e agora somos surpreendidos com a construção dessa lixeira. Essa Casa precisa se pronunciar, não podemos permitir que a área seja poluída”, disse.
A parlamentar estadual acrescentou ainda que a instalação de um lixão no local irá prejudicar a população do entorno e que se reunirá com o governador Wilson Lima para falar sobre o assunto, além de propor uma visita de deputados ao local.
“Essa decisão foi tomada na calada da noite, pois ninguém sabia que essa lixeira estava sendo construída no local. Os donos dessa empresa Marquise não moram em Manaus, não se importam se o Tarumã for poluído, por isso irei propor a derrubada dessa licença ambiental para a instalação de uma lixeira no local”, afirmou a parlamentar.
Em aparte, o deputado Rozenha (PMB) disse que não se pode permitir a poluição da bacia do Tarumã. “Existe outro problema que será gerado com essa lixeira na área, que são os urubus que colocarão os aviões que pousam e decolam no aeroporto Eduardo Gomes, trazendo um problema grave para a aviação”, alertou.
Decisão Judicial
O deputado Sinésio Campos (PT) citou decisão judicial obrigando a desativação do lixão localizado na AM-010 e afirmou que na próxima quarta-feira (30) será realizada uma reunião técnica na Aleam para debater a implementação do novo aterro, localizado no Tarumã.
“O Tribunal de Justiça decidiu pelo fechamento do lixão na AM-010, dando 45 dias para a mudança de local, além de obrigar o saneamento do local pela prefeitura de Manaus”, afirmou.