MANAUS – A vice-presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado), deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB), propôs que recursos do Promove (Programa de Regionalização do Mobiliário Escolar) sejam remanejados para a fabricação de caixões.
“No Amazonas nós vamos ter dificuldade de comprar caixões para as pessoas que estão morrendo, não só de Covid, mas de outras causas. Há vários pequenos moveleiros que estão sem trabalho, esse dinheiro é para móveis de madeira certificados e não está sendo usado. Não seria o caso de fazer uma modificação na lei para que esses moveleiros daqui pudessem ajudar a Prefeitura de Manaus nesse aspecto?”, propôs Alessandra aos deputados durante a sessão virtual de terça-feira, 30.
A Prefeitura de Manaus divulgou, em nota, que 120 sepultamentos foram registrados nos cemitérios públicos da cidade somente na quarta-feira, 29. A capital registra um colapso do sistema funerário provocado pela pandemia de Covid-19.
“Já que Prefeitura e Governo estão trabalhando juntos não seria o caso de usarmos a mão de obra local e gerar alguma renda com esse recurso que está parado e não permitir que as pessoas passem o sufoco de nesse momento de dor ter que esperar horas para conseguir um caixão?”, questionou a deputada.
Em entrevista ao jornal EM TEMPO publicada nesta quinta-feira, 30, o presidente da Abredif (Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário), Lourival Panhozzi, informou que Manaus possui apenas 350 urnas em estoque e que, com a atual demanda, a capital amazonense poderá ser obrigada a sepultar as pessoas em sacos plásticos já na próxima semana.