MANAUS – O deputado federal Silas Câmara (PRB) também foi para as redes sociais reclamar do Decreto nº 9.394 do presidente da República Michel Temer (MDB), que praticamente inviabiliza a permanência da indústria de concentrados no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Publicado na noite de quarta-feira (30), o decreto altera a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 20% para 4%. A medida, cujo objetivo é compensar as perdas de arrecadação que o governo federal terá com as medidas que tomou para baixar o diesel, em meio à greve dos caminhoneiros, atinge em cheio a indústria de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus (ZFM).
“Uma atitude covarde, traiçoeira, sem diálogo. E demonstrando que o que se diz do governo federal, que é um governo de diálogo, com as classes, com os segmentos, para o Amazonas, é covarde, é vil”, disparou Silas no vídeo (Veja o vídeo abaixo).
É do PRB, de Silas, a indicação de Marcos Jorge para o posto de ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Antes, o partido ocupava a pasta com Marcos Pereira.
Atrativo
A indústria de concentrados de refrigerante instalada em Manaus tem como principal atrativo a isenção deste imposto oferecido na ZFM, que resulta em crédito aos fabricantes. Com a redução da alíquota do IPI, a isenção cai, e outras regiões do país passam a ter praticamente as mesmas vantagens que o Amazonas oferece em termos fiscais.
Consequência: Por que continuar fabricando em Manaus, com todas as dificuldades logísticas, se pode produzir em outras regiões do país com praticamente os mesmos custos?
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