MANAUS – Durante a discussão do projeto que cria a nova Lei do Gás no Amazonas, na manhã desta quarta-feira, 10, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) afirmou, sem explicitar nomes, que seus colegas de parlamento falam ‘asneiras’ e ‘tolices’, além de serem omissos ao Regimento Interno do parlamento.
Wilker se declarou contrário à forma como o projeto tramitou e travou discussão com troca de farpas com o deputado Josué Neto (Patriota).
“Ouvi aqui asneiras calado…”, disse Wilker. Ao ser repreendido por Josué, o deputado disse que então trocaria “asneiras” por “tolices”.
“Vossa Excelência tem que respeitar os homens e mulheres que são iguais nesta Casa. O “asneirento” aqui é Vossa Excelência, que está falando coisas contra o povo do Amazonas”, disse Josué.
Durante a votação, o relator do projeto, Sinésio Campos (PT), fez a defesa da matéria e disse que a abertura do mercado vai dar dinamismo à economia do Amazonas, gerando empregos e impulsionando negócios.
Em abril de 2020, a ALE-AM aprovou um projeto neste sentido de autoria do deputado Josué Neto, então presidente do Parlamento, mas o governador Wilson Lima (PSC) vetou o projeto por entender que o tema carecia de maior debate público e que havia vício de iniciativa, uma vez que o PL deveria ter sido encaminhado pelo Executivo.
O veto à época deflagrou uma guerra de Josué contra o governo, que caminharam para o entendimento na aprovação deste novo texto.
Na sessão de hoje, Josué disse que a nova lei de gerar 43 mil empregos no Amazonas nos próximos anos. Ele e Sinésio criticaram o sócio majoritário da Cigás (companhia mista, com o Estado tendo parte), Carlos Suarez, que segundo eles leva R$ 10 milhões do Estado com a comercialização do recurso natural todos os meses sem contrapartida.
No final da discussão desta quarta, o projeto foi aprovado com voto contrário de Wilker.