Por Lúcio Pinheiro |
O teleférico com vista para o rio Negro prometido pelo prefeito David Almeida (Avante) em 2021, quando virar realidade, será administrado por empresa particular, em regime de concessão pública, por duas décadas ou mais.
A informação é do diretor-presidente do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Carlos Valente. Segundo o gestor, a empresa que vencer a licitação vai fazer o projeto, construir e operar o teleférico.
“Estamos desenhando um chamamento público para que quem ganhar faça tudo, custo da prefeitura zero. A prefeitura fará a concessão desse teleférico”, disse Valente, em audiência com os vereadores de Manaus nesta semana.
Para 2024
Segundo o chefe do Implurb, o chamamento deverá ser aberto para concorrência internacional. E a previsão é que a assinatura da concessão, para início da obra, saia apenas no último ano da gestão de David (2024).
“A gente está estimando que até julho de 2024 o prefeito deverá estar assinando a concessão para que o teleférico seja construído”, disse Valente.
Quando falou pela primeira vez da obra, a prefeitura informou que o teleférico servirá como modal de transporte, com uma estação nas proximidades do parque Rio Negro, no São Raimundo, e outra no Mirante da Ilha (obra que ainda será construída também, no início da av. Sete de Setembro), fazendo a travessia de 1,2 quilômetro por cima do rio.
Limitações
De acordo com Valente, a obra exige um conhecimento técnico que a prefeitura não dispõe. E que somente para elaboração do projeto, uma empresa cobrou R$ 1,9 milhão, o que foi considerado caro pelo Implurb.
“E por que a gente está fazendo esse desenho? Porque quando a gente começou a trabalhar, a consultoria para desenvolver o projeto cobrou R$ 1,9 milhão. Eu achei caro. Nós não temos no quadro técnico da prefeitura, nem do Implurb, e talvez no Estado do Amazonas, alguém, algum escritório que tenha expertise para desenvolver um projeto desse do ponto de vista jurídico, do ponto de vista de engenharia, de hidrografia, de sondagem, de fundação, enfim. Estou falando como engenheiro. Então, a gente tem que reconhecer nossas limitações e buscar soluções para as nossas limitações. Dentro desse contexto, a gente deu uma recuada. Não vamos gastar R$ 1,9 milhão”, afirmou o diretor-presidente do Implurb.
Valente disse que foi nesse contexto que o município decidiu que vai conceder toda a execução e operação do teleférico à iniciativa privada.
O teleférico é um dos projetos da prefeitura para revitalizar o Centro de Manaus, denominado “Nosso Centro”.
Imagens: Prefeitura de Manaus