MANAUS – Embora tenha quase universalizado o acesso à água tratada, a capital amazonense tem apenas 12,43% do esgoto coletado, conforme noticiou o ESTADO POLÍTICO nesta terça-feira (10). Para alcançar 80% de cobertura de esgotamento sanitário até 2030, a concessionária Águas de Manaus afirma que pretende investir até R$ 2,7 bilhões em obras.
Com base nos índices do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2018, o Ranking do Saneamento Básico 2020, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, colocou Manaus entre as cinco piores cidades no quesito, entre as 100 analisadas.
Em nota, a concessionária Águas de Manaus ressaltou que o levantamento foi feito no ano em que a empresa passou a atuar na cidade (junho de 2018) e que desde então vem trabalhando na ampliação e na melhoria das condições de acesso ao saneamento básico e cumprir todas as metas estabelecidas no contrato de concessão.
“Apesar de ter apenas seis meses de operação abrangidos pelo estudo, a concessionária conseguiu melhorar os números da cidade, em comparação com o último ranking. Das capitais brasileiras, Manaus foi a que mais aumentou seus níveis de atendimento em água entre 2014 e 2018 (crescimento de 7,51%). A cidade também ampliou os indicadores de novas ligações de água e ainda evoluiu no atendimento total de esgoto. Isso fez a cidade subir duas posições no ranking”, ressaltou a concessionária.
Segundo a empresa, Manaus também teve o quinto maior investimento entre as capitais brasileiras em saneamento no período. “Com R$ 155,16 milhões investidos, a cidade ficou atrás apenas de São Paulo, Brasília, Natal e Cuiabá. Com esse aporte, a concessionária conseguiu realizar melhorias como a construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s), novos reservatórios, extensões de rede e implantação de novos sistemas de abastecimento na cidade”, informou.
O ranking do Trata Brasil cravou que 91,42% da capital era atendida por água tratada. Hoje esse índice é de 98%, conforme a concessionária, “e 20% da cidade possui redes de coleta e tratamento de esgoto disponível”.
“De acordo com o plano de investimentos previsto em contrato até 2030, a cidade de Manaus terá 80% de cobertura de esgotamento sanitário, chegando a um patamar superior a atual média nacional de tratamento de esgoto (cerca de 46%). Para isso, serão investidos cerca de R$ 2,7 bilhões no período”, ressalta a Águas na nota.
A Aegea Saneamento e Participações S.A (Águas de Manaus) assumiu o serviço de água e esgoto na capital do Amazonas em junho de 2018, ao adquirir a Manaus Ambiental e a Rio Negro Ambiental, que eram as responsáveis pelos serviços.
Foto da estação de tratamento de esgoto Timbiras: Marcio James/Semcom