MANAUS – O negócio entre o procurador-geral de Justiça do Amazonas Fábio Monteiro e a empresa Pearge Empreendimentos envolvendo a compra de um prédio por R$ 31,2 milhões foi desfeito.
Localizado na avenida André Araújo, o imóvel abrigaria parte da estrutura do Ministério Público Estadual (MP-AM), que hoje funciona em prédios alugados.
Depois de tomar conhecimento do negócio, o colégio de procuradores criou uma comissão para avaliar a compra. O ESTADO POLÍTICO apurou que a Pearge Empreendimento desistiu da venda por considerar que a aprovação do negócio estava demorando.
O MP-AM já havia adiantando R$ 20 milhões à empresa. O restante seria pago quando o imóvel fosse entregue ao órgão. Ao desistir do negócio, a Pearge Empreendimento se comprometeu em devolver o adiantamento, segundo informações obtidas pela reportagem.
O prédio fica a poucos quilômetros de um terreno de 10 mil metros quadrados que o MP-AM comprou em 2011 por R$ 5,8 milhões. No local seria construída a nova sede do órgão, mas a obra nunca saiu do papel.
O terreno foi comprado na gestão do procurador Francisco Cruz. Fábio Monteiro sustenta que a obra planejada pelo seu antecessor é cara demais para o orçamento atual do MP-AM.
A assessoria do órgão confirmou que o negócio foi desfeito por iniciativa da empresa, que já devolveu os R$ 20 milhões. O cancelamento do contrato ocorreu no dia 12 de abril.
Segundo a assessoria, o MP-AM está à procura de um novo prédio.
Atualmente, o prédio está com uma placa de aluga-se ou vende-se. / L.P. e J.A.
Nota do MP-AM:
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) informa que o contrato para aquisição do imóvel localizado na avenida André Araújo, bairro Aleixo, foi rescindido unilateralmente pelo proprietário do imóvel, no último dia 12 de abril. O processo de aquisição passava por análise do Colégio de Procuradores do órgão ministerial, a pedido do Procurador-Geral de Justiça. Infelizmente o proprietário do edifício tomou a decisão de não dar continuidade às etapas seguintes do contrato. A primeira parcela do valor contratado foi devolvida ao Ministério Público integralmente.
A Procuradoria-Geral de Justiça já está fazendo sondagens no mercado local, a fim de encontrar outro imóvel que atenda ao Planejamento Estratégico e necessidades urgentes da Instituição sempre com o intuito de melhorar as condições de trabalho de Membros e servidores e oferecer um atendimento digno ao cidadão.