MANAUS – Encobrindo o rosto e vestido com roupa do Exército, um homem assaltou 24 turistas no Musa (Museu da Amazônia) no início da tarde deste sábado, 12. Esse é o segundo assalto em quatro meses em um dos principais símbolos da preservação da floresta amazônica e que força, novamente, o diretor geral do Museu, Ennio Candotti, a apelar ao governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), e ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), por medidas urgentes de segurança para o local.
Em Carta Aberta endereçada a Wilson e David, Candotti destaca que nos últimos meses o local recebeu 1,4 mil visitantes em um só dia e afirma que o Musa, patrimônio da Amazônia construído nos últimos dez anos, está “ameaçado por roubos e devastações de bárbara atualidade”.
“Novamente, passados quatro meses, devo denunciar que no dia 12 de março, o mesmo assaltante de novembro rendeu, imobilizou e roubou 24 visitantes, turistas e manauaras. Algumas medidas sugeridas pelos secretários de Segurança do estado e município nos últimos meses tardam a ser implementadas. É urgente implementá-las. O perfil do assaltante, camuflado e armado com pistola habilmente manipulada, foi registrado pelos assaltados”, escreveu Candotti em um trecho da carta.
O hediondo desafio, reforça o diretor do Museu, transcende as fronteiras de Manaus e “coloca em questão se a cidade está preparada para receber cidadãos do mundo e oferecer com segurança aos que nos visitam para conhecer os saberes de nosso povo e admirar o deslumbrante espetáculo de nossas florestas e culturas”.
Até o momento, representantes do Estado e do Município ainda não se pronunciaram sobre o episódio. Caso haja alguma manifestação, a matéria será atualizada.
Abaixo, a íntegra da Carta Aberta divulgada pelo diretor geral do MUSA, Ennio Candotti: