MANAUS – O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), declarou nesta quinta-feira (17) que pretende dar armamento pesado para os guardas civis municipais e sugeriu que os servidores terão autorização para “derrubar vagabundos”. A declaração foi dada durante entrevista coletiva à imprensa, após o lançamento de um pacote de obras.
O prefeito explicou que as primeiras armas a serem usadas pela guarda (que está em processo de modificação legislativa para que possa ser armada) não serão compradas, mas doadas pelo Governo do Estado, que está fazendo a troca do arsenal das polícias. Segundo David, pistolas doadas serão usadas durante o treinamento.
“Nós vamos armá-los com o que há de melhor, com armamento pesado, para eles estarem preparado para o combate caso haja confronto”, afirmou.
Questionado sobre o uso dos armamentos pelos 480 servidores fora do horário de serviço, David disse que a guarda deve ter um regulamento similar ao das polícias – que autoriza o uso particular sob certas condições. Ele, no entanto, disse que isso ainda está sendo avaliado.
Sobre a necessidade de armar a guarda, o prefeito afirmou que apenas duas capitais brasileiras hoje não tem guarda armada (reportagem recente do G1 afirma que são quatro) e que essa é uma necessidade de Manaus. Ele lembrou do “fim de semana de terror”, do início do mês, quando o crime organizado provocou uma série de atentados a veículos e espaços públicos, com incêndios e depredações.
“Tinha três guardas municipais lá na Bola das Letras quando chegaram três marginais, bandidos, vagabundos. Eles ficaram assistindo os caras tacarem fogo na Bola da Letras. Se eles têm armas, eles tinham autorização para derrubar aqueles vagabundos para serem exemplos para todos”, disparou.
“Para bandido, querida… Eu sou de um bairro chamado Morro da Liberdade. Para bandido, para vagabundo, não se pode dar moleza. Se eu puder dar arma para eles (os guardas), chicote, chibata… Que eles deem nesses vagabundos!”, prosseguiu.
“Desculpa, é assim… É porque porque vagabundo não pode tratar como ser humano… Como ser humano não, como cidadão. Tem que tratar como ser humano, mas como vagabundo”, completou.
+Comentadas 2