MANAUS – Com as assinaturas dos deputados Dermilson Chagas e Wilker Barreto, ambos do Podemos, o pedido de abertura da CPI da Asfixia alcançou nesta quarta-feira (7) cinco assinaturas. São necessárias, no mínimo, oito para que comece a tramitar na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM).
O pedido foi apresentado na terça-feira (6) pelo Delegado Péricles (PSL) e teve adesão imediata de Serafim Corrêa (PSB) e Sinésio Campos (PT).
O nova proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) desidratou o pedido anterior apresentado por Dermilson e Wilker, que tinha um objeto de investigação mais amplo e contava com sete assinaturas – hoje caiu para seis com a retirada de Fausto Júnior (MDB).
A apresentação do novo pedido gerou desentendimento entre, sobretudo, Péricles e Dermilson, que costumavam atuar alinhados nas críticas ao governo.
Péricles negou. Ele reafirmou ser independente e que sua proposta é de uma CPI isenta e séria.
O pedido
Em 17 páginas, Péricles fundamenta seu pedido focando em “atos administrativos que importam na crise de fornecimento de oxigênio nas unidades de saúde durante a segunda onda de Covid-19 no Amazonas”.
A proposta de Dermilson e Wiker era, principalmente, investigar contratos do governo.
Entre outras coisas, Péricles diz no seu pedido que a Secretaria de Estado da Saúde do Amazoans (SES-AM) “sabia que a quantidade de oxigênio hospitalar disponível seria insuficiente para atender a demanda, uma vez que o projeto aditivo para fornecimento de oxigênio com a empresa WHITE MARTINS datado em 23 de novembro admite que os casos de COVID-19 já estavam em alta na época e que o volume de oxigênio contratado não seria suficiente para dar conta da demanda”.
Diz ainda que “recursos não faltaram para o enfrentamento da pandemia de COVID-19 no Estado do Amazonas”.
Ao fazer um relato dos acontecimentos que culminaram na falta do insumo em unidades hospitalares no dia 14 de janeiro, o deputado autor afirma que houve “descaso com a saúde pública do Estado do Amazonas, de forma que se deve investigar quem foram os responsáveis por esta negligência que ocasionou a falta de fornecimento de Oxigênio para os pacientes infectados por COVID-19, colocando em cheque a vida de milhares de cidadãos amazonenses que estão sofrendo com o caos em que se encontra o sistema de saúde do Estado”.