Da Redação |
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) manteve nesta segunda-feira (28) o veto do prefeito David Almeida (Avante) ao projeto de lei que obrigava a instalação de dispositivo eletrônico de segurança (Botão do Pânico) nos ônibus que compõem a frota do transporte público.
No parecer que sustentou a decisão de David para vetar o projeto, a Procuradoria Geral do Município (PGM) alegou que a medida invade competência privativa do prefeito.
O vereador autor da matéria, Lissandro Breval, protestou contra a posição dos colegas que votaram à favor do veto. Segundo ele, a CMM precisa colocar a segurança da população como prioridade.
“Vou continuar brigando pela segurança, pelo bem-estar da população. Essa câmara aqui tem que dar exemplo e colocar a população à frente de interesses políticos, porque tem gente sendo humilhada e assassinada todos os dias no transporte público”, afirmou Breval.
O vereador Jaildo Oliveira (PCdoB), que tem como bandeira a causa dos trabalhadores do transporte público, votou à favor do veto. Segundo ele, o “Botão do Pânico” agravaria o risco de morte dos trabalhadores em uma situação de assalto.
“Gostaria de parabenizar o prefeito de Manaus por entender que esse não é o melhor caminho para proteger vidas. […] Os trabalhadores, a população, agradecem, porque isso poderia ajudar ou piorar. A categoria não aprova. Imagina um assaltante chegando no ônibus sabendo que existe [o botão], ele já chega com a arma na cabeça do motorista, do cobrador. Iria morrer muita gente”, declarou Jaildo.
Leia abaixo a íntegra do veto: