Da Redação – A Polícia Federal cumpre 14 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (15) determinados pela Justiça, tendo entre os alvos os irmãos Ciro Gomes, pré-candidato a presidente, e o senador Cid Gomes, ambos do PDT.
A ação faz parte de uma operação contra desvios de recursos públicos nas obras do estádio Castelão, no Ceará. De acordo com nota da polícia, as suspeitas são de “fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras” no estádio, entre os anos de 2010 e 2013. O inquérito teve início em 2017 e contou com relatos de quatro delatores.
Lúcio Gomes, outro irmão da família, também sofreu busca e apreensão.
Nas redes sociais, Ciro indicou que a ação da PF foi política. “Não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”, escreveu.
O presidenciável negou qualquer ligação com os fatos investigados.
“[…] não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados”, escreveu. Para o político, a operação é política e tenta prejudicar sua corrida ao Palácio do Planalto.
“[…] esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura”, escreveu.
O juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, da 32 Vara Federal do Ceará, determinou ainda o afastamento do sigilo telefônico, bancário, fiscal e telemático dos irmãos e de outros alvos.