MANAUS – O Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) assinou, nesta quinta-feira, 26, carta conjunta com treze entidades, onde defende a reabertura do comércio no estado e pede uma nova reunião com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), para discutir novas propostas.
A medida, segundo a entidade, tem o “objetivo de mitigar os impactos negativos da COVID-19 em nossa economia”.
Paralelo ao pedido dessas entidades, a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas divulgou, nesta quinta, que o estado possui 67 casos confirmados do novo coronavírus. Até a quarta-feira (25), o Amazonas possuía 54 casos, o que representa um aumento de 13 novos casos nas últimas 24 horas. Há uma morte confirmada, de um paciente de 49 anos, oriundo de Parintins.
“(…) Devemos ter esforços na saúde e na economia e não temos como priorizar nenhuma das duas em detrimento da outra, pois as duas, como outras temáticas, segurança por exemplo, estão sinergicamente interligadas e por isso são interdependentes. Nossos caixas já foram afetados (…). Desta forma, gostaríamos de novamente, e aproveitando a forma transparente e participativa que sempre foi viabilizada por este Governo, solicitar uma nova reunião para apoiarmos a construção de alternativas que possam viabilizar a implementação do Isolamento Social de forma vertical”, diz trecho do documento da Cieam.
A proposta foi encaminhada ao governador Wilson Lima dois dias após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), criticar, em rede nacional de TV e rádio, as medidas de prevenção ao coronavírus adotadas por governadores e prefeitos do país.
Abaixo, os pontos defendidos pelas entidades comerciais:
(a) Retomada parcial e gradativa das atividades comerciais, mesmo que com horários reduzidos, já a partir do dia 30.03.2020, para o comercio de rua e para o dia 07.04.2020 os Shoppings, também com horário reduzido, com a implementação de pontos de verificação de temperatura e realização de testes rápidos, assim que disponíveis;
(b) Devendo sempre ser adotadas as recomendações da autoridade sanitária quanto às medidas de contenção da disseminação do vírus, conforme já previsto e determinado nos Decretos no . 42.101 e 42.106 de 2020;
(c) Utilização da rede hoteleira disponível para Grupos de Risco e construção de alternativas para pessoas de comunidades de baixa renda e com idade superior a 60 (sessenta) anos, como uma medida tanto de cuidado e preservação à saúde dos cidadãos, como um meio de preservar a subsistência do importante segmento turístico de nosso Estado que será frontalmente atingido e precisa de alguma forma ser preservado.
Abaixo, a carta encaminhada ao governador Wilson Lima:
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