MANAUS – Pressionado pela CPI da Pandemia instalada pelo Senado, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), Roberto Cidade (PV), anunciou nesta quinta-feira (1º) que será o quinto deputado a assinar pedido para a realização de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a condução da gestão estadual da crise da Covid-19.
Cidade fez referência indireta ao depoimento prestado pelo deputado Fausto Júnior (MDB) à comissão de senadores na última terça-feira (29). Na ocasião, Fausto, que foi relator da CPI da Saúde realizada pela ALE-AM em 2020, foi questionado porque não indiciou o governador Wilson Lima (PSC). O deputado culpou o colegiado pela decisão. A declaração dada em Brasília pegou mal entre os pares no Amazonas, que rechaçaram a afirmação, o que foi registrado em reportagem do ESTADO POLÍTICO.
“A gente viu muito a CPI no Senado. Infelizmente, a Assembleia Legislativa do Amazonas foi muito atacada. Venho aqui de extrema consciência, tranquilo, calmo, sem pressão nenhuma. Mas, há muitos dias, eu vinha pensando na CPI que aconteceu aqui no ano passado, uma CPI que, com certeza, teve grandes frutos, teve um trabalho muito digno [realizado] por todos os membros. E esse ano, a Assembleia Legislativa precisa continuar com o seu trabalho”, declarou Roberto Cidade, nesta manhã, na tribuna da ALE-AM.
“Então, eu, como presidente desse Poder, quero desde já dizer aqui à população que estarei assinando a CPI, hoje, da pandemia. Serei a quinta assinatura, por plena convicção que estou fazendo meu papel como parlamentar e como presidente deste Poder. E dizer que toda a estrutura necessária que essa Casa puder dar, caso essa Assembleia consiga ter as oito assinatura, de minha parte pode contar que os membros terão todo o suporte necessário”, completou. “É isso que eu queria dizer hoje. Podem contar com o deputado estadual Roberto Cidade”, encerrou.
Assim, Cidade se une a Delegado Péricles (PSL), Dermilson Chagas (Podemos), Nejmi Aziz (PSD) e Wilker Barreto (Podemos) no pleito pela abertura da nova CPI, cujo pedido é de autoria de Wilker.
Fausto disse em Brasília que protocolará um outro pedido porque considera o de Wilker “vago”, sem um objeto claro.
Para tramitar, o pedido para abertura de uma CPI na ALE-AM precisa da assinatura de 1/3 dos 24 deputados, ou seja, oito adesões. Para o pedido de Wilker, portanto, faltam três.