O procurador do município de Manaus, Rafael Albuquerque, informou nesta quarta-feira (9), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), que a prefeitura abriu dois processos de sindicância em decorrência do envolvimento do policial militar Elizeu da Paz no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues.
Elizeu é servidor da Casa Militar e atua na segurança pessoal do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB). Na noite do crime, dia 29 de setembro, o policial esteve na casa de Alejandro Valeiko, enteado do prefeito. Flávio foi visto vivo pela última vez naquela residência, que fica no condomínio Passaredo, no bairro Ponta Negra, zona Oeste de Manaus.
“No âmbito dessas duas sindicâncias, nós teremos condições de finalizar com algum tipo de conclusão, e obviamente, caso demonstrada alguma ilegalidade, com a indicação das penalidades passíveis de serem aplicadas”, disse Rafael. Segundo o procurador, 45 dias é o prazo máximo para os dois processos serem concluídos.
Segundo o procurador, uma sindicância apura a conduta do servidor. A outra o uso de um veículo da prefeitura por Elizeu naquela noite.
O policial está preso. A polícia investiga se ele participou ou foi autor da morte de Flávio. Ele dirigia um carro oficial da prefeitura. Os investigadores apuram se o veículo foi utilizado para abandonar o corpo do engenheiro em um terreno no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus.
O secretário municipal de Relações Institucionais Luiz Alberto Carijó também participou da audiência na CMM. Segundo ele, Elizeu estava de volta naquele domingo.
No entanto, segundo Carijó, é comum que os policiais militares que atuam na segurança do prefeito e da família façam rondas nas residências de familiares de Arthur. Segundo ele, foi nesse contexto que o policial se inseriu no episódio no dia 29.