MANAUS – A base do prefeito Arthur Neto (PSDB) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) derrubou nesta segunda-feira (7) um requerimento cobrando da Prefeitura de Manaus informações sobre quem deu a ordem ou tinha conhecimento do uso de um carro oficial do Poder Executivo, na noite do crime do engenheiro Flávio Rodrigues, em deslocamento ao condomínio Passaredo, na Ponta Negra, zona Oeste de Manaus.
O requerimento foi apresentado pelo vereador de oposição Marco Antônio Chico Preto (sem partido).
O vereador Raulzinho (DEM) acusou o vereador de oposição de usar o episódio como trampolim político. Para o parlamentar, o caso é de polícia. “Quem tem que pedir essas informações é a polícia”, disse o vereador.
O vice-líder do prefeito, Gilvandro Mota (PTC), classificou de abjeta a forma como Chico Preto aborda o assunto na CMM.
“Tirar proveito da dor, da morte, da perda de alguém, é algo abjeto. Penso que temos que ter responsabilidade. Aqui não estamos falando em omitir fatos. Estamos falando em apurar e se buscar a verdade a qualquer custo”, disse Gilvandro.
“Quem deu a ordem para que um carro, servidores da Casa Militar estivessem envolvidos neste episódio? Quais são aqueles que tinham a ciência da ordem dada e não agiram para impedir o uso indevido da estrutura da Prefeitura Municipal de Manaus? Esses são questionamentos para este poder. Todos sabemos que cabe à Câmara Municipal de Manaus (CMM) o controle dos atos da administração pública municipal. Os atos do Poder Executivo devem ser controlados por esse parlamento”, disse Chico Preto na tribuna da CMM, quando defendia o requerimento.
No condomínio Passaredo fica a residência do enteado do prefeito Arthur Neto (PSDB), Alejandro Valeiko. O endereço foi o último lugar onde Flávio foi visto com vida, na noite de domingo (29). Imagens da Polícia Civil recebidas pelo condomínio mostram o policial militar Elizeu da Paz de Souza entrando no condomínio naquela noite em um carro oficial da prefeitura. Com ele estava Mayc Vinicius Teixeira.
Os dois estão presos. A polícia suspeitas da participação ou autoria deles no crime. Alejandro Valeiko também teve a prisão decretada, na quinta-feira (3). Ele está foragido.