MANAUS – Pressionada pelas redes sociais, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiu nesta terça-feira (8) pedir esclarecimentos da Prefeitura de Manaus sobre o envolvimento de um servidor da Casa Militar no homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues, na noite do dia 29.
O servidor é um policial militar identificado como Elizeu da Paz. Ele é lotado na Casa Militar. Na noite do crime, ele esteve no condomínio Passaredo, na zona Oeste de Manaus, último lugar onde Flávio foi visto vivo.
A Polícia Civil prendeu o policial, juntamente com mais cinco suspeitos. Na noite do crime, Elizeu, que trabalha na segurança institucional do prefeito Arthur Neto (PSDB), usava um carro da Prefeitura de Manaus. Imagens das câmeras do condomínio mostram ele e outro suspeito entrando no condomínio.
Uma das linhas de investigação é a de que Elizeu possa ter ajudado a retirar o engenheiro, já morto, da casa do enteado do prefeito, Alejandro Valeiko.
Alejandro também está preso. Segundo a polícia, até o momento, todos alegam inocência.
Na segunda-feira (7), a base do prefeito derrubou um requerimento do vereador de oposição, Chico Preto (sem partido), que cobrava da prefeitura informações sobre o suposto uso indevido do veículo do Executivo no episódio, assim como a conduta do policial militar.
A decisão da base pegou mal. Criticados nas redes sociais, os vereadores aliados do Executivo voltaram atrás nesta terça, e decidiram enviar um ofício à Prefeitura de Manaus. Eles pedem um representante do município no plenário da Casa na quarta-feira (9), às 10h.
“Solicitamos à Vossa Excelência, senhor Arthur Virgílio Ribeiro Neto, prefeito de Manaus, que indique representante deste Poder Executivo para comparecer ao Plenário desta Câmara Municipal de Manaus, em 9 de outubro de 2019, quarta-feira, 10h, a fim de esclarecer sobre notícias veiculadas nos meios de comunicação relativo a suposto uso indevido de estrutura da Prefeitura de Manaus”, diz o texto do ofício, que foi lido pelo presidente da CMM, Joelson Silva (PSDB).