MANAUS – Uma carga com aproximadamente 60 mil m³ de oxigênio medicinal chegou a Manaus, na quarta-feira (10), e vai ajudar no esforço do Governo do Amazonas para ampliar a oferta do produto na rede assistencial de saúde de média e alta complexidade do Estado, garantindo tratamento especializado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e, em especial, às pessoas acometidas pela Covid-19.
Esta é a segunda remessa do produto, trazida do Maranhão, pela Air Liquide Brasil, uma das maiores empresas do ramo de gases e tecnologias para a área medicinal do país. A primeira chegou à capital no dia 25 de janeiro, e somou 145 mil m³ do produto. A aquisição foi feita pelo Ministério da Saúde, para ajudar a suprir a escassez do insumo, decorrente do aumento do número de hospitalizações em meio à pandemia do novo coronavírus.
Outras cinco carretas, contendo em média 20 mil m³ de O2 cada, devem chegar a Manaus entre amanhã (12/02) e domingo (14/02), finalizando o último comboio previsto no cronograma traçado junto à empresa.
A estratégia faz parte do Plano de Contingência elaborado através da cooperação entre os Governos do Amazonas e Federal, para solucionar o déficit entre oferta e demanda de oxigênio medicinal no Amazonas, permitindo, assim, a abertura de novos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para ampliar o atendimento na rede.
A expectativa é que, com a manutenção do equilíbrio, sejam inseridos na rede da capital pelo menos 350 novos leitos, sendo 100 de UTI e 250 clínicos. A ampliação teve início com a abertura de vagas para a admissão de novos pacientes no Hospital Nilton Lins e no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo.
Em paralelo a isso, o Estado mantém, de forma dinâmica, a instalação de miniusinas na capital e no interior. Até agora, 22 estão em operação, adquiridas por fontes diversas. A meta é que sejam instaladas 69, das quais 30 estão em fase final de aquisição pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM).
Segue também o processo de remoção de pacientes com Covid-19 e outras patologias para hospitais federais em outras unidades da federação, desafogando as unidades de referência do Amazonas. Foram mais de 500 pacientes nas últimas semanas.