MANAUS – Há um ano e meio das próximas eleições, Arthur Neto (PSDB) e Davi Almeida (Avante) deram mostras de aproximação e alinhamento após o ataque da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”. Eles não só evitaram culpar um ao outro pelas acusações de Mayra como saíram em defesa mútua de suas gestões.
Na terça-feira (25), Mayra disse aos senadores da CPI da Pandemia que viu “desassistência e caos” na assistência primária de saúde de Manaus no combate à Covid-19, quando esteve na cidade em janeiro deste ano, logo após o fim do mandato de Arthur e início da gestão de David na prefeitura, a quem cabe oferecer à atenção básica. Mayra relatou ter encontrado Unidades Básicas de Saúde (UBS) “fechadas com cadeados, unidades sem médico e farmácias sem remédio”.
Ainda que de forma sutil, em diversos trechos nota sugere que a Semsa sempre atuou de forma correta no enfretamento da Covid-19. “Desde o início da pandemia [portanto, na gestão Arthur] a Semsa adotou entre outras, medidas como a elaboração de um Plano de Contingência, que vem sendo atualizado de acordo com cada cenário”, afirma.
“Infelizmente, ninguém no Brasil estava preparado para uma demanda quadruplicada como ocorreu nos picos da pandemia”, diz a Shádia em outro trecho. Um dos picos ocorreu no início da pandemia, quando a prefeitura ainda era gerida por Arthur Neto, e o outro em janeiro, o primeiro mês de mandato do atual prefeito.
Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira (26), além de não culpar David, que estava à frente da prefeitura durante a visita da “Capitã Cloroquina” a Manaus, o ex-prefeito fez uma defesa enfática do atual.
Num dos trechos onde fica mais evidente o alinhamento, Arthur diz: “Nem eu e nem o atual prefeito, David Almeida, deixamos as Unidade Básicas de Saúde desassistidas”. “Todos os serviços não só foram mantidos, como ampliados pela atual gestão da Prefeitura de Manaus”, completa Arthur.
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