MANAUS – Pré-candidato à Prefeitura de Manaus, Roberto Cidade (UB), afirmou que se eleito irá, em quatro anos, construir 12 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em todas as zonas de Manaus, com consultas, exames e medicamentos, e funcionamento 24 horas por dia.
“Manaus não tem pronto-socorro municipal porque a gestão do município não quis assumir como deveria a atenção básica. Hoje, se o seu filho sente uma dor de barriga, uma febre ou precisa de ponto, ele tem que buscar atendimento no pronto-socorro estadual, que recebe acidente de trânsito, tiro e outras ocorrências mais graves. Isso ocorre porque o município abriu mão de receber R$ 700 milhões ao ano, porque Manaus não possui Unidade de Pronto Atendimento. Não possui nenhuma unidade com funcionamento 24 horas. Na nossa gestão será diferente”, afirmou Cidade.
A promessa foi feita na noite desta segunda-feira, 10, em reunião com moradores dos bairros da zona Centro-Sul da capital.
Alinhado com o discurso do Governo Estadual, essa não é a primeira vez que o pré-candidato critica a saúde básica de Manaus. Na semana passada, em entrevista à rádio Bandnews Difusora, Cidade culpou a Prefeitura de Manaus pela pressão sobre as unidades de saúde do Estado.
“A saúde básica de Manaus está muito deficitária e é por isso que a população sobrecarrega a rede de média e alta complexidade, porque a básica não dá conta”, disse Cidade.
Estado reclama de sobrecarga
Em maio deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) divulgou que nos quatro primeiros meses de 2024, o Pronto-Socorro 28 de Agosto, uma das principais unidades do Estado, atendeu 12,7 mil pacientes que deveriam ter sido atendidos na atenção básica, em serviços de saúde da prefeitura.
Segundo o Estado, o que acontece no 28 de Agosto se repete nos demais prontos-socorros da rede pública estadual de saúde.
Prefeito diz que faz sua parte
Ao falar dos feitos de sua gestão, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que é pré-candidato à reeleição, tem destacado exatamente os números do setor de saúde.
David tem ressaltado que ao assumir a prefeitura, a cobertura dos serviços de saúde da prefeitura atingia apenas 42%. Três anos e meio depois, esse percentual foi para 82%.
Com a aproximação da disputa eleitoral, David tem provocado o Estado, ao defender que os serviços de saúde que a população de Manaus mais reclama são os geridos pelo governo estadual.