MANAUS – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli revelou neste domingo (21) que o inquérito das fake news identificou “financiamento internacional a atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra as instituições brasileiras, em especial o STF e o Congresso Nacional”. A declaração foi dada ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.
O inquérito está sob o comando do ministro Alexandre de Moraes e tramita em sigilo.
Segundo Toffoli, a descoberta foi feita por meio da quebra de sigilos bancários de investigados.
“A história do país mostrou ao que isso levou no passado. Financiamento a grupos radicais, seja de extrema direita, seja de extrema esquerda, para criar o caos e desestabilizar a democracia em nosso país”, afirmou.
O inquérito sobre as fake news foi aberto em 2019 como uma resposta do STF às crescentes críticas e ataques sofridos nas redes sociais.
A apuração, determinada por Toffoli, então presidente do Supremo, foi contestada por especialistas e políticos por ter sido instaurada de ofício por Toffoli, então presidente da corte, sem provocação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em 2020, por 10 votos a 1, o STF decidiu pela legalidade do inquérito.
São alvos da investigação deputados, empresários e blogueiros ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que sofreram medidas de busca e apreensão e quebras de sigilo.
Na avaliação de Toffoli, a informação sobre financiamento internacional mostra que os que atacam as instituições não são um “grupo de malucos”.
“Há uma organização por trás disso, que ataca inclusive a imprensa tradicional e séria”, declarou.