SÃO PAULO (Reuters) – O Instituto Butantan entregará ainda neste domingo 4,6 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac ao Ministério da Saúde, disseram o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente do Butantan, Dimas Covas.
Em entrevista coletiva no Hospital das Clínicas, logo depois de a primeira brasileira ser vacinada contra Covid-19 —a enfermeira Mônica Calazans, 54 anos— Dimas Covas disse que, das 5.994.576 doses da CoronaVac disponíveis, 4.636.936 serão entregues ao ministério e outras 1.357.640 ficarão em São Paulo.
De acordo com o presidente do Butantan, esses números foram definidos pelo Ministério da Saúde.
Na entrevista, Doria também rebateu declarações feitas no Rio de Janeiro pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que criticou a antecipação da vacinação por São Paulo. Doria rotulou a fala de Pazuello como “inacreditável” e disse que o ministro não deveria protestar contra o Estado, mas sim agradecer a São Paulo.
Doria, desafeto político do presidente Jair Bolsonaro e provável adversário dele na eleição presidencial de 2022, afirmou ainda que o início da vacinação é uma resposta aos que chamou de “negacionistas”.
“O triunfo da ciência, o triunfo da vida, contra os negacionistas, contra aqueles que preferem o cheiro da morte”, disse Doria.