RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) – O Brasil superou nesta quarta-feira outras duas barreiras trágicas da pandemia de Covid-19, ao registrar um novo recorde diário de casos, com 70.574 infecções, e passar de 7 milhões de casos confirmados da doença provocada pelo novo coronavírus, que voltou a se disseminar com força pelo país e se aproxima novamente da casa de 1 mil mortes por dia.
A aceleração dos casos no país nas últimas semanas levou o Brasil a acumular 1 milhão de infecções confirmadas em apenas 26 dias — ritmo visto pela última vez entre os meses de agosto e setembro. O aumento de 5 milhões para 6 milhões havia levado 44 dias, num período em que a epidemia parecia estar sendo controlada, antes de voltar a crescer.
Com o recorde de 70.574 novos casos registrado nesta quarta-feira, o país totaliza agora 7.040.608 infecções do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. O número supera o recorde diário anterior, de 69.074 casos, em 29 de julho.
Além disso, o recorde desta quarta foi batido mesmo sem a contabilização dos dados diários de São Paulo, Estado com maior número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil. Segundo nota do governo paulista, o Estado “foi impossibilitado de fazer o processamento total de dados de Covid-19 devido a novas falhas no sistema SIVEP do Ministério da Saúde”.
O Estado que mais contribuiu para a contagem nacional nesta quarta-feira foi o Paraná, que computou mais de 20.197 casos no dia.
Também foram notificadas nesta quarta-feira 936 novas mortes em decorrência da Covid-19 no Brasil, com o total de vítimas fatais atingindo 183.735, conforme os dados do ministério. O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por Covid, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, atrás de EUA e Índia.
Esta é a primeira vez em três meses em que o país registra mais de 900 óbitos por dois dias seguidos.