MANAUS – Na sessão da CPI da Pandemia desta terça-feira, 29, o senador de Roraima Telmário Mota (Pros) afirmou que o depoimento do deputado estadual pelo Amazonas, Fausto Junior (MDB-AM), só revelou uma briga paroquial entre políticos amazonenses.
O senador fez uma defesa da gestão do governador do Amazonas na saúde. E disse que o senador Eduardo Braga (MDB) faz palanque na CPI da Pandemia com ataques à gestão de Wilson Lima (PSC).
“O que eu percebo é que hoje estão usando o Estado do Amazonas não para apurar possíveis irregularidades, que a própria CPI no Amazonas ela já foi seletiva. Ficou claro: o MDB tem hoje um pré-candidato ao governo [do Amazonas], Eduardo Braga. E ele hoje fez um palanque imensurável aí dentro, não é Eduardo. Ninguém aqui é bobo, ninguém aqui é criança. Então eu queria que o relator [Renan Calheiros] atentasse para isso: O Estado do Amazonas investiu na saúde, investiu bastante. Se teve irregularidade a própria CPI daí [do Amazonas] não apurou. Ela era para apurar 5 governadores e centralizou em 2. Não teve nenhuma denúncia nesse sentido. Portanto eu lamento que fique preso só no Estado do Amazonas”, afirmou Telmário.
O senador de Roraima disse que não iria fazer perguntas a Fausto Junior porque percebia que o deputado amazonense “estava mais perdido que cego em tiroteio”.
Segundo Teomário, a CPI da Saúde da ALE-AM, relatada por Fausto Junior, foi seletiva. E que acusado de empregar servidor fantasma, o deputado do MDB não tinha credibilidade para falar sobre corrupção.
Fausto Junior prestou depoimento à CPI nesta terça-feira. Durante a sessão, o parlamentar foi pressionado a dizer porque em seu relatório não pediu o indiciamento do governador do Amazonas.
Com articulação de Braga e da base de Jair Bolsonaro, Fausto Junior foi convocado para depor em uma tentativa de jogar responsabilidade exclusiva ao Amazonas pela crise da saúde no Estado durante a pandemia, sobretudo na segundo onda.
No entanto, Fausto Junior acabou saindo da sessão com a pecha de aliado de Wilson. E tendo pontos sensíveis da atuação política e pessoal da família no Amazonas expostos em rede nacional.
“O depoimento de hoje não contribuiu em absolutamente nada”, concluiu o líder do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE)