Da Redação |
Apuração do jornal Folha de São Paulo aponta que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sabia, há mais de nove meses, que um trecho da BR-319 estava em “situação calamitosa”, com “riscos iminentes” aos motoristas e em situação de emergência.
Segundo a reportagem, mesmo conhecendo a referida realidade, o Dnit e o Ministério da Infraestrutura não agiram o suficiente para evitar a queda de duas pontes no trecho, que fica no Estado do Amazonas, em um intervalo de 10 dias.
Os desabamentos ocorreram nos kms 23 e 25 da BR-319, a menos de 100 km de Manaus. De acordo com a Folha, técnicos do Dnit apontaram calamidade no trecho entre os kms 13, em Careiro, e 178,5, onde se dá o “fim da pavimentação”. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) no Amazonas confirmou à reportagem que as duas pontes estão nesse intervalo.
A área técnica do Dnit no Amazonas apontou uma “situação de emergência” no trecho. Na ocasião, o órgão fez a seguinte observação: “haja vista as condições em que se encontra a BR-319/AM, bem como os riscos iminentes aos quais se expõem os usuários que nela trafegam, devido à situação calamitosa de trafegabilidade no trecho mencionado”.
Uma portaria assinada pelo superintendente do Dnit no Amazonas, Afonso Costa Lins Júnior, confirmou a situação de emergência, mostra a Folha.
A portaria é de 28 de dezembro de 2021 e foi publicada no Diário Oficial da União dois dias depois.
Com dispensa de licitação, a empresa A G O Engenharia de Obras, sediada em Medianeira (PR), foi contratada para “serviços emergenciais de recuperação de erosões na rodovia”, entre os kms 13 e 198,2, conforme extrato do contrato.
“No mesmo extrato, são identificados os pontos a serem reparados. Entre eles estão três pontos nos kms 23 e 25, onde ficam as pontes, segundo a PRF. Conforme o Dnit, que rescindiu o contrato, ‘as erosões citadas contemplam diversos pontos da rodovia, sem adentrar na manutenção de pontes’”, revela a Folha.
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