Ao deixar o hospital em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpou o deputado federal e vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), pela elevação do valor do Fundo Eleitoral, que quase triplicou para R$ 5,7 bilhões.
O Fundão, como é conhecido, foi aprovado dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na última quinta-feira (15), o que repercutiu negativamente nas redes sociais, já que contou com votos de deputados da base do governo.
Aos jornalistas, Bolsonaro disse que Marcelo Ramos foi o culpado por não ter separado o Fundo Eleitoral da LDO.
“Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos. Tem muita coisa lá dentro. Muitos parlamentares tentaram destacar essa questão [Fundo Eleitoral]. O responsável por aprovar isso é o Marcelo Ramos lá do Amazonas, viu presidente [Arhur Lira PP-AL]. Ele que fez isso tudo”, afirmou Bolsonaro.
Marcelo Ramos respondeu ao presidente, pelo Twitter.
“Se depender do Bolsonaro ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas. Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também, porque é típico dele e dos filhos correr das suas responsabilidades e obrigações.”
O presidente defendeu os parlamentares da base que votaram favoráveis à LDO e, consequentemente, ao Fundo Eleitoral.
“Se tivesse destacado [o Fundo Eleitoral], o resultado talvez tivesse sido diferente. Quem está atacando parlamentares que votou o Fundão, isso não é verdade. Teve a votação da LDO que interessava ao governo. Então num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa casca de banana, essa jabuticaba. O parlamento descobriu, foi tentando destacar para votação nominal essa questão e o Marcelo Ramos atropelou e não colocou em votação em destaque”, disse Bolsonaro.
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