MANAUS – Na reunião em que teria exigido do então ministro Sergio Moro (Justiça) a troca no comando da Polícia Federal, em 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também citou o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), a quem chamou de vagabundo, segundo informações do blog do jornalista Matheus Leitão, no site da revista Veja.
Ao falar da pandemia, Bolsonaro teria reclamado da atuação de prefeitos e governadores no enfrentamento do novo vírus. Foi quando falou do prefeito de Manaus.
Fonte do blog de Leitão disse que o presidente teria dito algo como: “aquele vagabundo do prefeito de Manaus, que está abrindo cova coletiva para enterrar gente e aumentar o índice da Covid. Vocês sabem filho de quem ele é, né?”, rindo após fazer a pergunta retórica.
O pai de Arthur Neto, Arthur Virgílio Filho, foi senador. Arthur Filho foi perseguido e cassado pela ditadura militar (1964-1985).
Críticas anteriores
Em 21 de abril, Arthur Neto criticou uma declaração de Bolsonaro sobre coveiros. No dia anterior o presidente declarou “Não sou coveiro, tá?”, ao ser questionado por jornalistas sobre o número de mortos pela Covid-19.
Para o jornal Folha de S. Paulo, Arthur reagiu à fala. “Queria dizer para ele que tenho muitos coveiros adoecidos. Alguns em estado grave. Tenho muito respeito pelos coveiros. Não sei se ele serviria para ser coveiro. Talvez não servisse. Tomara que ele assuma as funções de verdadeiro presidente da República. Uma delas é respeitar os coveiros”, disse o prefeito, ao chorar.