MANAUS – O deputado estadual Belarmino Lins (Progressistas) reagiu a críticas feitas a proposta de 13 dos deputados, incluindo ele, de reduzir o número de sessões plenárias virtuais semanais de três para apenas uma, às quartas-feiras. As sessões presenciais estão suspensas por causa da pandemia de Covid-19.
A justificativa do requerimento apresentado à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALE-AM) é de dar maior tempo para reunião das comissões técnicas às terças e quintas-feiras.
A sessão desta terça-feira (5) foi marcada por críticas ao requerimento, que repercutiu negativamente em publicações nas redes sociais (internautas interpretaram como uma tentativa dos parlamentares de trabalhar menos).
Deputados rebateram a iniciativa ressoando a narrativa popular, marcando posição contrária. Já deputados que subscreveram a proposta defenderam que trata-se apenas de uma sugestão e que visa dar eficiência aos trabalhos neste período.
“Não significa dizer que essa postulação seja para nos demais dias os deputados se deleitarem nas suas casas, nas suas residências, nos seus sítios, para não trabalhar. Nunca, jamais, jamais! Nenhum deputado tem essa intenção, nenhum deputado tem esse interesse”, disse Belarmino Lins. A ideia, disse ele, é racionalizar as ações.
O parlamentar ressaltou que o trabalho de um deputado não se restringe ao plenário. “E ele pode atuar nas comissões técnicas, ele pode atuar daqui, ali numa visita a uma unidade hospitalar, ele pode atuar em atender o interior do Amazonas de forma mais eficiente para chegar lá atenção médica do governo”, exemplificou.
“Enfim, o parlamentar não para de trabalhar. Quem disser que o deputado não trabalha é mentiroso, porque o deputado trabalha, sim, o deputado contribui, sim, só que é diferente, não é pegando numa foice, não é convencendo, é discutindo, é debatendo, é levando a resultados”, acrescentou.
Com oito mandatos consecutivos, Belão, como é conhecido, a quem foi atribuída a autoria da proposta, disse que o legado que pretende levar é de trabalho e resultados pelo interior e não de “blá blá blá” ou “mi mi mi”.