Um dos acidentes aéreos mais graves dos últimos anos nos Estados Unidos ocorreu na noite desta quarta-feira, 29, quando um jato regional da American Airlines colidiu com um helicóptero Black Hawk do Exército norte-americano sobre o Rio Potomac, próximo ao Aeroporto Nacional Reagan Washington. As autoridades confirmaram que não há sobreviventes entre as mais de 60 vítimas, incluindo passageiros, tripulantes e militares.
O jato, um modelo regional da American Airlines, transportava 60 passageiros e quatro tripulantes e estava em fase de aproximação para pousar no aeroporto quando a tragédia ocorreu. O helicóptero Black Hawk, que realizava um voo de treinamento, levava três militares a bordo. A colisão resultou em uma explosão visível, capturada por câmeras de segurança.
Até o momento, 28 corpos foram resgatados do Rio Potomac, mas as equipes de busca enfrentam condições extremamente desafiadoras. As baixas temperaturas e os ventos fortes dificultam as operações, colocando em risco tanto os socorristas quanto possíveis sobreviventes. Um dos gravadores de dados do avião já foi recuperado, e o Pentágono assumiu a liderança na investigação para determinar as causas exatas do acidente.
O Secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou que ambos os veículos estavam seguindo padrões normais de voo. No entanto, o presidente Donald Trump questionou publicamente as ações da tripulação do helicóptero e dos controladores de tráfego aéreo, sugerindo possíveis falhas humanas.
A comunidade esportiva internacional também foi atingida: os ex-campeões mundiais de patinação artística russos, Yevgenia Shishkova e Vadim Naumov, estavam entre os passageiros do voo. O Kremlin já emitiu um comunicado oferecendo condolências às famílias dos russos mortos.
No aeroporto, familiares das vítimas relataram frustração com a falta de informações oficiais. O senador Roger Marshall, do Kansas, expressou profunda tristeza pela perda de “muitos, muitos habitantes do Kansas”, destacando o impacto da tragédia em sua comunidade.
As operações de resgate são descritas como “altamente complexas” devido às condições climáticas adversas. A hipotermia é um risco iminente tanto para os socorristas quanto para eventuais sobreviventes, o que tem limitado o progresso das buscas.