MANAUS – O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, disse nesta terça-feira (23) que o pistoleiro do Caso Lucas Ramon confessou o crime e revelou que recebeu R$ 65 mil para efetuar a morte do sargento.
Silas Ferreira da Silva, de 26 anos, foi preso no início da noite de segunda-feira (22) pelas equipes da DEHS no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste de Manaus.
Silas foi preso enquanto visitava a mãe. Ele tinha vários esconderijos e disse que nos últimos meses recebeu apoio de uma facção criminosa para se esconder.
Com uma ficha criminal extensa, o que inclui mais de 10 roubos, Silas ficou preso por quatro anos e foi solto em 5 agosto deste ano.
A morte de Lucas Ramon Silva Guimarães, 29, ocorreu no dia 1º de setembro, em uma cafeteria de propriedade do militar localizada no bairro Praça 14, Zona Sul. Lucas foi morto a tiros por um pistoleiro mascarado. As câmeras de segurança do local registraram a ação.
“Hoje se tirou de circulação uma pessoa que praticava homicídios de forma contumaz. Isso com certeza vai repercutir na segurança”, disse a delegada-geral, Emília Ferraz, durante a entrevista coletiva à imprensa ocorrida na manhã desta terça.
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“Esse indivíduo já confessou a sua participação. É o executor desse delito. As investigações estão todas muito bem delineadas neste sentido”, declarou o delegado Ricardo Cunha.
Segundo depoimento de Silas à DEHS, todo o material usado para o crime foi repassado por um intermediário.
“As investigações ainda estão identificando quem é este intermediário. Tanto o veículo quanto a arma usado e até o tênis, segundo Silas, foram dados por essa pessoa”, disse o delegado.
À DEHS, Silas disse que não sabia que Lucas Ramon era militar e nem uma pessoa de família conhecida na cidade. “Achava que seria uma pessoa comum e que nada iria acontecer em razão disso, não fazia ideia que se tratava de um militar das Forças Armadas”, disse Cunha.
“[no momento da prisão] Ele estava na Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste da capital. E no dia de ontem (22), já no comecinho da noite, nós conseguimos fazer um cerco no local onde ele estava, que era a casa da sua mãe, e conseguimos capturá-lo”, detalhou o delegado.
Um casal de empresários, dono da rede de supermercados Vitória, é apontado como o mandante do crime e chegou ser preso – mas foi solto por decisão do STJ. Dessa vez, o delegado preferiu não comentar o suposto envolvimento de Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire no crime.
Ricardo Cunha disse que as investigações sobre o caso não vão parar. Ele não quis adiantar os novos passos. “[as investigações] Ainda estão em andamento para a gente conseguir fazer a ligação desse executor com os possíveis mandantes do crime, uma vez que ele já declarou que foi pago para o cometimento do delito”, disse.