MANAUS – Em texto divulgado pela Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) nesta segunda-feira (30), o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), afirma que só “um grande caos” no país quebraria as finanças do município.
A afirmação, no texto, é precedida de uma garantia do prefeito de que não atrasará salário de servidores do município.
“Estamos equilibrados e não atrasaremos salários”, diz as aspas de Arthur, completada em seguida: “Precisaria um grande caos no país para desfazer o trabalho fiscal que fizemos nas finanças de Manaus”.
Carona
O prefeito avança sobre o assunto de salários de servidores uma semana após o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmar que com a previsão de queda da receita do Estado, por conta da crise na economia agravada pela pandemia do novo coronavírus, é preciso reduzir gastos públicos para manter serviços funcionado, inclusive para garantir o pagamento dos salários dos servidores.
“(A crise do coronavírus ameaça várias despesas) como, por exemplo, pagamento do funcionalismo público, a manutenção de serviços essenciais, como, saúde, educação e segurança pública”, declarou Wilson no último dia 27.
A perda de arrecadação, em função da queda da atividade econômica, deve ser de 40%, conforme projeção do governo.
Segundo a Prefeitura de Manaus, a folha do município, que chega a R$ 111 milhões por mês, está garantida para os meses de abril e maio. Assim como a antecipação da 1ª parcela do 13º salário, que já havia sido anunciada pelo prefeito.
“O nosso plano de contingência fará com que aquilo que for arrecadado sirva para pagar regularmente os servidores e pagar o custeio saudável”, diz o prefeito no texto.
Na matéria, a Semcom informa que a prefeitura fará cortes nas despesas de custeio da máquina frente a cenários de queda de receita.
Cortes de R$ 500 milhões em custeio
No cálculo da prefeitura, os cortes podem chegar a R$ 500 milhões. Já a perda na arrecadação pode atingir a ordem de R$ 350 milhões.
“A Prefeitura de Manaus vai cortar R$ 500 milhões nas despesas de custeio para enfrentar os efeitos econômicos provocados pela pandemia da Covid-19, o principal deles é a queda da arrecadação, estimada em R$ 350 milhões”, diz um trecho da matéria.
“Quero tranquilizar os nossos servidores, os salários dos próximos meses e a primeira parcela do décimo estão garantidos”, afirma o prefeito em seguida.
De acordo com a prefeitura, os cortes serão promovidos inicialmente em despesas com alugueis, fornecimento de energia elétrica, água, material de expediente e de limpeza, alugueis de veículos e combustíveis.
Os cortes podem avançar, dependendo do agravamento da crise na economia, ressalta a prefeitura o texto.
Foto: Márcio James/Semcom