MANAUS – Após denúncias recebidas por meio da Ouvidoria da Mulher, o programa Blitz do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) realizou, na manhã desta terça-feira (11), a primeira inspeção em hospital de atendimento ginecológico e obstétrico em Manaus.
Os integrantes da Ouvidoria da Mulher juntamente com a equipe do Departamento de Controle Externo de Auditoria em Saúde (Deas) estiveram no Instituto da Mulher Dona Lindu, localizado no bairro Adrianopólis, para averiguar as possíveis irregularidades cometidas no hospital.
Conforme a diretora da Ouvidoria da Mulher, Ana Paula Aguiar, a Corte de Contas começou a receber denúncias sobre violência obstétrica, falta de materiais e de higienização hospitalar, bem como adiamento e atraso de procedimentos cirúrgicos ginecológicos.
“Começamos a receber essas denúncias no final de maio e imediatamente nós tomamos a providência de levantar os dados e montar essa Blitz para apurar logo o que de fato estaria acontecendo, pois a intenção do programa é levantar essas denúncias, apurar os fatos e tomar providências para que isso não ocorra mais”, afirmou a diretora.
Contando com uma equipe majoritariamente feminina, os auditores puderam fiscalizar diversos setores como: Pré-parto, UTI Neonatal, Centro Cirúrgico Obstétrico e o Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar voltado ao parto humanizado. Além disso, também foram verificados a aplicação de protocolos médicos, que visam as boas práticas no atendimento materno-infantil, de serviços patológicos e condições de infraestrutura e alimentação.
“A partir de agora nós iremos fazer os relatórios com o objetivo de buscar formas cabíveis de resolver as situações encontradas aqui junto com a direção do hospital e com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, para que o nosso sistema de saúde seja modificado e realmente seja feito o que se preconiza pelo SUS”, concluiu a Ana Paula Aguiar.
Atendimento da Ouvidoria da Mulher
Denúncias sobre violência obstétrica e/ou negligência médica, além de situações de assédio e intimidação podem ser realizadas para a Ouvidoria da Mulher do TCE-AM, por meio do WhatsApp no número (92) 99315-0974.
Outro lado
Em nota enviada à redação, a direção do Instituto da Mulher Dona Lindu informou que não foi notificada sobre a investigação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
Quanto aos pagamentos dos terceirizados, o instituto informou que já repassou as empresas as verbas referentes ao período de janeiro a março. “O pagamento de março está em empenho, seguindo a tramitação legal”, informou a nota.