MANAUS – A última tentativa de uma aliança para as eleições deste ano entre PT, PSB e PCdoB no Amazonas será feita na quarta-feira (1º), quando esta legenda e outras legendas de esquerda se reúnem, em Brasília, para decidir se chegam a uma acordo de candidatura única para a Presidência da República.
O impasse em âmbito nacional é apontado pelos dirigentes locais como único obstáculo que vem retardando uma aliança das três siglas à candidatura do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), David Almeida, do PSB.
Além de PT, PSB e PCdoB, a reunião de quarta (1º) terá a participação de dirigentes nacionais do PDT e PSOL. Essa última tentativa de unificar uma candidatura que represente o campo de esquerda mostra-se quase impossível.
Das cinco legendas, somente o PSB não lançou pré-candidato ao Planalto. E siglas como o PDT, que defende a candidatura de Ciro Gomes, e PT, que sustenta a participação de Lula, mostram-se irredutíveis. Na semana passada, Ciro esticou a corda de vez com os petistas, a afirmar ser antagonista a Lula e ser contra o candidato do PT.
De acordo com o presidente de honra do PSB no Amazonas, deputado estadual Serafim Corrêa, o partido segue conversando com PT e PCdoB, mas decisão mesmo só depois do que for decidido na quarta.
“Claro que se isso acontece [candidatura única de esquerda], isso tem efeito nos estados. É fato que as questões nacionais estão interferindo nos estados. Tem que ter calma”, disse Serafim.
O presidente estadual do PCdoB, Eron Bezerra, diz acreditar em uma união entre as siglas de esquerda, uma vez que as alianças formadas até aqui têm identidade ideológica.
“As coligações já formalizadas indicam uma tendência natural de identidade política-ideológica. Eu poderia dizer que essa é uma novidade dessa eleição. Não seria diferente conosco”, analisa Eron.
Só depende do PSB
O presidente estadual do PT, deputado estadual Sinésio Campos, sustenta que a demora em fechar a aliança tem sido causado pelo PSB, ressaltando que o partido tem esperado seguidas vezes uma decisão dos socialistas quanto ao apoio de um candidato do Partido dos Trabalhadores ao planalto, o que não aconteceu até aqui.
“A gente aguarda as dependências que todos os partidos têm com as decisões nacionais. Por três vezes, o PT decide aguardar a decisão do PSB de apoio ao candidato do PT à Presidência da República. E que também tem no nosso estado o compromisso de apoio à candidatura do PT, a nível de presidente”, afirma Sinésio.