MANAUS – O ex vice-prefeito de Manaus Hissa Abrahão criticou, nesta sexta-feira (5), o ex-correligionário do Partido Democrático Trabalhista (PDT) Amazonino Mendes, hoje filiado ao Podemos.
A crítica veio após o ex-governador publicar um vídeo nas redes sociais criticando a desarticulação política no Amazonas no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Amazonino tachou de “traição” a falta de união das lideranças políticas na condução da crise.
Em resposta a um post do ESTADO POLÍTICO sobre o assunto no Instagram, Hissa responsabilizou Amazonino, que foi prefefeito de Manaus entre 2009 e 2012, pela atual baixa cobertura da atenção básica de saúde da capital.
O pedetista também responsabilizou Amazonino pela falta de leitos de terapia intensiva no interior (Amazonino foi governador do Estado por quatro mandatos (de 1987 a 1990, por dois mandatos entre 1995 e 2002, e no mandato tampão entre 2017 e 2018).
Ele sugeriu que o ex-governador “deve se tratar e cuidar principalmente da cabeça”.
“Amazonino está de quarentena a (SIC) mais de cinco anos, a ausência de uma cobertura eficiente do programa saúde da família em Manaus foi deixada por ele e piorada atualmente”, disparou Hissa.
“O interior sem UTI’s não é um problema que começou agora, é uma questão de décadas e que ele tem responsabilidade. Amazonino não está nada bem, deve se tratar e cuidar principalmente da cabeça, é muito feio ele querer se aproveitar eleitoralmente em plena pandemia”, completou.
Em uma publicação posterior, no Facebook, Hissa faz referência às eleições municipais deste ano, para qual Amazonino já se declarou pré-candidato.
“(…) Manaus não aceitará ser governada por uma junta de assessores famintos por se apropriar do dinheiro público e depois prestar contas na mansão do Tarumã, nem vou aqui questionar sua saúde física, entendo que Manaus não aceitará mais experiências frustrantes”, escreveu.
Os dois políticos dividiram abrigo partidário no PDT por três anos até 2019. Amazonino chegou à agremiação em 2011 e Hissa, em 2016.
Hissa rompeu com Amazonino após as eleições de 2018. O ex-governador não permitiu que ele se candidatasse ao Senado pela sigla, preferindo a candidatura de Alfredo Nascimento (PR, hoje PL), que não venceu.
Após esse episódio, foi quase um ano de uma “difícil convivência” na legenda, até que Amazonino saiu. Em março, ele se filiou ao Podemos.