MANAUS – Em seu primeiro pronunciamento após a confirmação do segundo turno, o governador e candidato à reeleição Amazonino Mendes (PDT) afirmou que sua obrigação na segunda etapa da disputa é fazer o povo refletir.
“A grande questão é o seguinte: nossa obrigação como candidato é fazer o povo refletir. Seu eu tiver competência, capacidade para fazer o povo refletir, não tenho dúvida que ganho a eleição”, afirmou o governador, que vai enfrentar no segundo turno o candidato do PSC, Wilson Lima.
Questionado sobre o fato de passar para o segundo turno atrás do adversário (33,78% a 32,68%), Amazonino disse que os resultados mostram que a disputa segue e está empatada.
“Havia uma euforia, uma expectativa, anunciada por uma empresa local, que seria 38% a 30% (para Wilson Lima). Agora [por volta das 20h de domingo], fiquei sabendo que tava 1,6%. Diferença mínima em um universo de 2,4 milhões de votos. São 30 mil votos. Isso é empate técnico”, afirmou Amazonino.
Estratégia de 2º turno
Durante a entrevista coletiva, Amazonino deu pistas dos rumos que sua campanha vai tomar. Um deles é apontar, nas palavras do governador, “quem está por trás” da candidatura de Wilson. Segundo o candidato do PDT, essa é uma informação que o eleitor tem a obrigação de saber.
“E a grande pergunta é a seguinte: quem é que está por trás das candidaturas? Isso é a coisa mais importante que o eleitor tem a obrigação de pesquisar”, declarou Amazonino.
“Aquela candidatura é pura, está livre? É absolutamente correta, honesta, franca, verdadeira como se apresenta? Ou aquilo é só um pano de fundo, uma cortina? Na verdade, acho que vamos ter muita coisa para discutir nesse segundo turno”, disse Amazonino.
Mais Rebecca
Outro sinal de mudança na campanha de Amazonino parece ser quanto à participação maior de sua candidata à vice-governadora, Rebecca Garcia (PP), na disputa.
Após fazer seu pronunciamento, Amazonino fez elogios à Rebecca e pediu aos apoiadores e à imprensa que ouvissem as palavras de sua parceira de chapa, passando o microfone.
“Quero dar a palavra, com muita honra, a alguém que eu aprendi – já admirava – a admirar com mais intensidade, com muito respeito. [Pela] modernidade das ideias, forma contemporânea de encarar as coisas, diferenciada, meio revolucionária. Nada mais nada menos que essa moça aqui, a nossa Rebecca. Uma grande companheira. Gostaria que ela externasse que é parte direta dessa luta e ela tem um significado muito expressivo para mim nessa batalha”, disse Amazonino.