MANAUS – A coligação “Eu voto no Amazonas”, do ex-governador Amazonino Mendes (PDT), constituiu novo advogado para representar o político no processo em que tenta cassar o mandato do governador Wilson Lima (PSC) por compra de votos nas eleições de 2018.
O novo advogado de Amazonino no caso é Júlio Cesar de Almeida Lorenzoni. A procuração dando poderes ao novo defensor do ex-governador foi apresentada à Justiça Eleitoral na sexta-feira (1º).
No dia 14 de janeiro, os advogados que representavam a coligação de Amazonino abandonaram o caso alegando falta de pagamento de honorários. A Justiça então deu prazo para o ex-governador apresentar novos advogados até o dia 1º.
Se Amazonino não apresentasse novo advogado, o processo poderia ser encerrado. Para isso, bastava o Ministério Público Eleitoral não manifestar interesse em assumir o polo autor.
Aliados de Amazonino defendem que ele não tem mais interesse em seguir com a briga na Justiça Eleitoral. Mas ao apresentar novo advogado e seguir com o processo, o ex-governador demonstra o contrário.
O ESTADO POLÍTICO tentou contato com Júlio Cesar de Almeida Lorenzoni, mas ele não atendeu as ligações.
Ex-prefeito
O processo contra Wilson Lima é relacionado ao ex-prefeito de Nhamundá, Mário Paulain, detido no primeiro turno da eleição por suspeita de compra de votos.
Na manhã do dia 7 de outubro, foram encontradas com Paulain dezenas de notas de R$ 100 e R$ 20 e diversos impressos do então candidato e apresentador de televisão Wilson Lima (PSC), eleito governador do Amazonas, além de cartazes da candidata à reeleição ao Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB) e outros candidatos.
Para a coligação de Amazonino, o ex-prefeito comprava votos para Wilson Lima. Enquanto a defesa do governador sustenta que a denúncia do ex-governador não passa de mais uma armação do adversário.