MANAUS – A taxa de desocupação do Amazonas no 2º trimestre é 1,9 pontos percentuais inferior a taxa registrada no 1º trimestre do ano, e 0,9 pontos percentuais a menos do que a registrada no 2º trimestre de 2020. Em 2021, a população desocupada, que somava 330 mil pessoas, no período entre janeiro e março, caiu para 303 mil pessoas, entre abril e junho, no Estado.
A taxa média de desocupação registrada no Brasil foi de 14,1%, então, mesmo com a queda no trimestre, a taxa do Amazonas estava 1,5 pontos percentuais mais alta em relação à taxa nacional.
Apesar de ter diminuído a taxa de desemprego no Estado, e de ter aumentado o número de ocupados, a taxa de informalidade alcançou 59,7% dos trabalhadores ocupados no 2º trimestre do ano, no Amazonas, a terceira maior taxa do país. Dessa forma, quase 6 de 10 trabalhadores do Amazonas não possuem vínculo empregatício. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta terça-feira (31) pelo IBGE.
Diminui número de desempregados no Amazonas
No 2º trimestre do ano, dentre a população, de 14 anos ou mais, estimada em 3,1 milhões, 1,9 milhão estava na força de trabalho (52,2%), no Amazonas. Dentre esta população na força de trabalho, 1,6 milhão estava ocupada, e 303 mil, desocupada. E outra parcela da população, 1,2 milhão, estava fora da força de trabalho, ou seja, não procurava por uma ocupação.
Entre abril e junho, na comparação com o trimestre anterior, caiu o número de desempregados no Estado. No primeiro trimestre do ano, os desempregados eram 330 mil, ou 17,5% da população na força de trabalho do Estado, e no segundo trimestre eram 303 mil, ou 15,6%, ou seja, 1,9 pontos percentuais de queda. E no segundo trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020, a taxa de desemprego também é inferior (-0,9%), apesar desta variação não ser estatisticamente significativa.
Da mesma forma, cresceu o número de ocupados no Estado. No 2º trimestre, 86 mil pessoas a mais se declararam ocupadas, crescimento de 5,5%, na comparação com o trimestre anterior. Em um ano, o crescimento foi de 11,2% ou 166 mil pessoas a mais ocupadas, no Estado, totalizando 1,6 milhão de pessoas.
O nível de ocupação, de 52,2%, é 2,8 pontos percentuais superior ao nível registrado no trimestre anterior, e 5,0 pontos percentuais maior do que o registrado no segundo trimestre de 2020. O percentual mostra que mais da metade da população de 14 anos ou mais do Estado estava empregada no período entre abril e junho de 2021.
A taxa de participação na força do trabalho do Amazonas (61,8%), ou seja, o percentual de pessoas de 14 anos ou mais que estão ocupadas ou desocupadas, subiu 2,0 pontos percentuais no segundo trimestre de 2021, frente ao primeiro trimestre do ano; no total, são 60 mil pessoas a mais na força de trabalho, no período. Já na comparação com o mesmo período de 2020, a taxa de participação na força de trabalho cresceu 5,3 pontos percentuais (179 mil pessoas a mais). A número da população fora da força de trabalho (1 milhão e 203 mil pessoas) apresentou queda (-5,0%), no Estado, no 2º trimestre de 2021, frente ao trimestre anterior, e também na comparação com o mesmo trimestre de 2020 (-11,6%).
A taxa de desemprego no segundo trimestre de 2021 do Amazonas, de 15,6%, representa a 10ª maior taxa entre as Unidades da Federação; no trimestre anterior, o Amazonas tinha a 6ª maior taxa. Os maiores percentuais de desocupação foram registrados em Pernambuco (21,6%), Bahia (19,7%) e Sergipe (19,1%), e os menores percentuais foram registrados em Santa Catarina (5,8%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Mato Grosso (9,0%).
Número de empregados por conta própria sobe mais uma vez
No Estado, 602 mil pessoas, ou 36,7% do total de ocupados, trabalhavam por conta própria, no 2º trimestre do ano. São 51 mil pessoas a mais trabalhando por conta própria no Estado, na comparação com o trimestre anterior, alta de 9,3%. E na comparação com o 2º trimestre de 2020, são 135 mil pessoas a mais trabalhando por conta própria, alta de 28,8%. Dessas pessoas, 558 mil não possuíam CNPJ, ou seja, 92,7% delas estavam na informalidade.
No 2º trimestre, no Amazonas, havia 43 mil pessoas a mais trabalhando por conta própria, em relação ao 1º trimestre de 2021, e havia 126 mil a mais, em relação ao 2º trimestre de 2020.
A taxa de 36,7% de pessoas trabalhando por conta própria foi a segunda maior do país, atrás somente da taxa do Amapá (37,7%). O terceiro maior índice de trabalho por conta própria foi o do Pará (35,4%).
No 2º trimestre de 2021, no Amazonas, dentre o total de 1 milhão e 642 mil pessoas ocupadas, 506 mil pessoas (30,8%) estavam empregadas no setor privado (4,6% a mais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e 2,3% a mais em relação ao trimestre anterior).
Das pessoas ocupadas no setor privado, 338 mil (66,8%) trabalhavam com carteira assinada e 168 mil (33,2%) trabalhavam sem carteira assinada. Em relação ao trabalhador doméstico, a maioria das pessoas trabalhavam sem carteira assinada: 65 das 74 mil pessoas ocupadas na função, 87,8% do total.
No 2º trimestre do ano, 245 mil pessoas estavam ocupadas no setor público. Nesse período, em comparação com o trimestre anterior, o setor público, sem carteira assinada, contabilizou 13 mil pessoas a mais ocupadas, no Estado. No total, havia 6 mil pessoas empregadas no setor, com carteira assinada, e 76 mil (31,0%), sem carteira assinada. Os demais empregados no setor eram militares ou funcionários públicos estatutários (164 mil).
O setor de trabalhador familiar auxiliar, que é aquele que trabalhou sem remuneração, em ajuda na atividade econômica de membro da unidade domiciliar ou de parente, registrou 177 mil pessoas ocupadas. O menor número foi o de pessoas ocupadas como empregadores, 38 mil.