MANAUS – A Secretaria de Estado do Amazonas (SES), por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) atualiza, nesta terça-feira (21/09), o cenário de rabdomiólise no Amazonas. São 78 casos suspeitos da síndrome registrados, sendo 63 (81%) em investigação epidemiológica e 15 (19%) descartados. O cenário atual da síndrome está divulgado no primeiro boletim epidemiológico periódico da doença, disponível em https://bit.ly/2XJYaes.
Dos nove novos casos em investigação epidemiológica, cinco são de Itacoatiara, três de Manaus e um de Itapiranga. Os pacientes de Manaus são dois homens (de 18 e 39 anos) e uma mulher (de 30 anos). Já os casos de Itacoatiara são três homens (28, 32 e 43 anos), e duas mulheres (46 e 33 anos). O paciente de Itapiranga é um homem (de 27 anos).
Dos 78 casos suspeitos da síndrome, dez pessoas seguem internadas, sendo nove de Itacoatiara e um de Itapiranga. Todos os pacientes estão estáveis.
O boletim de Situação Epidemiológica da Rabdomiólise no Amazonas aponta que os peixes mais consumidos e envolvidos nos casos de suspeita da síndrome investigados são: pacu (40%), tambaqui (37%) e pirapitinga (30%). Ainda conforme o boletim, 100% dos peixes consumidos são de vida livre, 85% são procedentes de rios e 9% de lagos.
O surto de rabdomiólise está sendo investigado por uma força-tarefa do Governo do Estado, cuja equipe a FVS-RCP é integrante. “A ciência não chegou ainda a uma conclusão sobre o que realmente causa a rabdomiólise. Então, é preciso entender que a investigação não é rápida”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
O registro dos casos informados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da FVS-RCP (CIEVS/FVS-RCP) aponta que os novos pacientes apresentaram CPK (creatinina-fosfoquinase) elevados, mialgia, náuseas, nucalgia, fraqueza muscular, dor abdominal e urina escura, após ingestão de peixes.
Segundo a coordenadora do CIEVS/FVS-RCP, Liane Souza, os pacientes apresentam alguns dos sintomas. Por isso, é tão importante que a investigação seja minuciosa. “Desses novos casos, apenas dois apresentaram urina escura. Estamos monitorando todos os casos individualmente”, disse.