MANAUS – Com 1.434 km² área desmatados em 2019, segundo dados Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes/Inpe), o Estado do Amazonas recebeu uma certificação internacional de reflorestamento da Mata Atlântica.
A notícia da certificação, à Casa Civil, foi divulgada nesta segunda-feira (5) pelo governo. O órgão recebeu o certificado vitalício de compensação ambiental emitido pela Global PrintReleaf, empresa norte-americana detentora do software que calcula a quantidade de papel utilizada pelos clientes e iguala ao número de árvores necessárias para o reflorestamento, reduzindo o impacto no meio ambiente.
Segundo o governo, desde que integrou o programa, em agosto de 2019, a Casa Civil já compensou um total de 135.721 folhas de papel. As demais secretarias participantes do programa como a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Secretaria de Estado de Administração e Gestão do Amazonas (Sead), compensaram em total de páginas 18.879.497 e 339.879, respectivamente. A somatória de consumo dos órgãos do Governo do Estado participantes do projeto já resultou no plantio de mais de 2.800 novas árvores na Mata Atlântica.
“Boa parte das empresas que trabalham na fabricação de papel usam matéria dessa área (Mata Atlântica)”, justificou o governador Wilson Lima, ao comentar a certificação durante uma inauguração de delegacia. “Por que a gente recebeu essa certificação? Porque nós praticamente não estamos usando papel, nós reduzimos a praticamente zero lá na Casa Civil, porque agora todos os procedimentos são digitais, o Diário Oficial do Estado, todo ele hoje é digital. Antes, o diário demorava em média oito dias para ser publicado, hoje isso acontece praticamente em tempo real”, completou.
O governador afirmou que a redução do uso de papel é uma política que está sendo ampliada para todas as secretarias. “Todos os procedimentos até 2022 serão eletrônicos no Governo do Estado”, disse.
“A cada oito mil impressões que são geradas pelas secretarias do Governo do Estado, nós plantamos uma árvore na Mata Atlântica. E alguém pode questionar: Por que a Mata Atlântica? Porque a empresa que vende o software mundialmente e a empresa que audita essas vendas entendem que ainda não há necessidade de que a Floresta Amazônica, por ter 97% da sua área preservada, tenha esse tipo de programa. É importante que nós protejamos a nossa floresta, mas também ajudemos a preservar ou reconstruir a Mata Atlântica”, destacou o chefe da Casa Civil, Flávio Antony Filho.
Atualmente, a taxa de reflorestamento da PrintReleaf já ultrapassa a marca de 1.500 árvores por dia. O programa possui auditoria ambiental assinada pela SGS e atua em países como República Dominicana, México, Índia, Estados Unidos, Madagascar, Irlanda e Brasil, onde o reflorestamento é realizado na Mata Atlântica, reconstruindo corredores ecológicos em parceria com a organização We Forest.
Foto principal: Trecho de floresta no Rio de Janeiro. Duda Menegassi/OECO