MANAUS – O secretário estadual da Saúde (Susam), Rodrigo Tobias, declarou nesta segunda-feira (6) que o sistema de saúde do Amazonas “ainda não entrou em colapso” por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mas que isso pode acontecer nos próximos dias.
A declaração foi dada durante a “live” diária do governo sobre a atualização de casos e em resposta a uma declaração do prefeito Arthur Neto dada horas antes na rede de televisão CNN Brasil.
“O Sistema de Saúde do Estado do Amazonas ainda não entrou em colapso, nessa ideia de que não existem leitos de UTI para aqueles que precisam. Entretanto, nosso sistema é limitado e hoje eu falo isso, mas amanhã esses números podem aumentar. Logo, se aumentado, haverá uma maior probabilidade de ocupação desses leitos. Portanto, se eu pudesse colocar numa escala de 0 a 100, hoje nós estamos próximo de 95%, ou seja, 5% uma capacidade mínima de leito de vazio de UTI”, detalhou.
Tobias ressaltou que, ao falar da ocupação de leitos de terapia intensiva, não devem ser considerados apenas os casos de Covid-19 (que são responsáveis por 38 internações em UTI no Amazonas, sendo 16 na rede pública e 22 na particular). Outros casos que precisam de internação em UTI precisam ser observados.
“Precisamos entender que estamos num período sazonal, num período que além do coronavírus. Nós temos outros vírus que produzem o que a gente chama de síndrome respiratória aguda. Nós temos o metapneumovírus, o adenovírus, o vírus sincicial respiratório, nós temos influenza A influenza B, que,se confundem com o quadro clínico da Covid-19. Então, nossos leitos estão sendo ocupados tanto pelos casos confirmados de Covid-19 e os casos suspeitos em investigação”, explicou.
“Então, assim, como se não bastasse tudo isso, a Covid veio para então anunciar que provavelmente o nosso sistema possa entrar em colapso nos próximos dias. Então, eu preciso dizer que, na responsabilidade nossa, do Estado, dizer que hoje não (estamos em colapso), mas provavelmente nos próximos dias não teremos mais leitos de UTI setor público e no setor privado nos casos confirmados de Covid-19”, disse.