MANAUS – De janeiro a junho deste ano, o Amazonas apresenta alta de 87,5% nos alertas de desmatamento em comparação ao mesmo período em 2020, conforme dados do Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os focos de calor, por sua vez, apresentaram redução de 20,7%. Entretanto, segundo o Governo do Amazonas, que divulgou os dados nesta quarta-feira (16), a alta dos alertas de desmatamento indica o aparecimento de áreas prontas para a queima ilegal no segundo semestre do ano, período mais seco e propício para a prática criminosa.
Por conta do cenário e o início do período da seca, o governador Wilson Lima (PSC) decretou situação de emergência ambiental na Região Metropolitana de Manaus e nos municípios da região sul do Amazonas, pelo prazo de 180 dias. Wilson disse que, assim, será intensificado o combate ao desmatamento ilegal, às queimadas não autorizadas e outros crimes correlatos.
“Eu decretei Estado de Emergência Ambiental em razão do aumento das queimadas aqui no estado do Amazonas. Isso vai facilitar e agilizar os processos que dizem respeito ao combate a esse ilícito, a essas atividades que são muito comuns nesse período do chamado verão amazônico”, ressaltou.
A medida visa, sobretudo, agilizar o envio das equipes a campo, com a aquisição de passagens, pagamentos de diárias e outros serviços, dando prioridade às ações de meio ambiente, em paralelo ao enfrentamento da pandemia.
O governador também anunciou que o Amazonas contará com o aporte de R$ 11.504.828,50 provenientes do Banco Alemão de Desenvolvimento KfW para investir no combate às queimadas ilegais e incêndios florestais em 2021, além de apoiar as famílias vítimas da Covid-19 e da cheia.
Foto: DanielBeltrá/Greenpeace – 2020