MANAUS – Com 15,8%, o Amazonas fechou 2020 com a pior a taxa média anual de desocupação registrada desde o início da série histórica do indicador, em 2012. A menor taxa média registrada foi de 7,7%, em 2014. Os dados são da PNAD Contínua Trimestral, divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostra que o nível de ocupação no Amazonas cresceu 1,9 pontos percentuais do 3º trimestre (julho, agosto e setembro) para o 4º trimestre (outubro, novembro e dezembro), totalizando 1 milhão e 601 mil pessoas ocupadas no Estado ou 51,1% da população em idade de trabalhar.
Apesar do crescimento no último trimestre de 2020, o percentual representa uma variação de -3,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.
O crescimento na ocupação do 3º para o 4º trimestre acompanha a alta no número de trabalhadores por conta própria, que no último trimestre de 2020 chegou a 548 mil pessoas (32 mil a mais em relação ao trimestre anterior) e a alta no número de trabalhadores na informalidade no Estado: 939 mil pessoas ou 58,7% dentre os ocupados.
Taxa média de desocupação
A taxa média de desocupação em 2020 foi recorde em 20 estados do país, acompanhando a média nacional, que aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% no ano passado, a maior da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país. Esses resultados, segundo o IBGE, decorrem dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho.
Com 15,8%, o Amazonas ocupa a sexta pior taxa entre os estados, ao lado do Rio Grande do Norte.
A melhor colocação é de Santa Catarina, com 6,1%, e a pior, da Bahia, com 19,8%.
Síntese:
· Taxa média anual de desocupação no Amazonas foi de 15,8%, a maior da série histórica da pesquisa;
· Taxa de desocupação apresenta estabilidade no quarto trimestre (15,5%);
· Amazonas teve a 7ª maior taxa de desocupação do país. No trimestre anterior, o Estado tinha a 11ª maior taxa;
· Cresce o número de pessoas ocupadas no 4º trimestre (52 mil pessoas a mais, em relação ao trimestre anterior; variação de 3,4%);
· No 4º trimestre, 38 mil pessoas entraram na força de trabalho, no Estado, e 58 mil pessoas saíram da força de trabalho, ou seja, deixaram de procurar emprego;
· Taxa de desocupados manteve-se estável, mas ainda são 294 mil pessoas que procuram e estão sem emprego no Estado;
· Cresce número de pessoas empregadas sem carteira assinada no 4º trimestre de 2020. No total, são 184 mil pessoas (26 mil a mais em relação ao trimestre anterior), no Amazonas;
· Aumenta o número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ; 33 mil pessoas a mais no último trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior;
· Cai o número de empregados do setor público com carteira (de 8 para 3 mil pessoas)
· Os números de subocupados e desalentados mantiveram-se estáveis.