MANAUS – Principal operador do movimento de coleta de assinatura para a criação do Aliança pelo Brasil, o advogado Luís Felipe Belmonte jogou a toalha e já admite que o partido não sai do papel no prazo suficiente para disputar as eleições municipais.
Em entrevista ao Estadão, Belmonte, que é vice-presidente do partido em formação, disse que foram levantadas mais de 1 milhão de assinaturas, no entanto, para ele, o cartórios não estavam preparados para o volume grande de trabalho para reconhecê-las.
“Nossa parte foi feita, mas os cartórios eleitorais estão recusando todas as fichas com firma reconhecida. Eles alegam que não houve regulamentação. Além disso, o sistema cai toda hora. Os cartórios eleitorais não estavam preparados para um volume tão grande (de assinaturas)”, declarou Belmonte ao Estadão, nesta quinta-feira (27).
Para obtenção do registro, o partido precisa de, no mínimo, 492 mil assinaturas. Até aqui, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reconheceu apenas 3,3 mil. O prazo final encerra no início de abril.
Belmonte esteve no Amazonas para mobilizar apoiadores do partido. No evento realizado na ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), foram coletadas 5 mil assinaturas, segundo os organizadores.
Sem partido, o presidente da ALE-AM, Josué Neto, é um dos políticos locais que tem no radar a filiação ao novo partido de Jair Bolsonaro pensando nas eleições municipais.