MANAUS – A Rede Sustentabilidade não deve lançar candidatura ao Governo do Amazonas em 2022. Por outro lado, não vai se eximir de endossar um nome entre aqueles que se apresentarem à disputa. O indicativo foi dado pelo coordenador executivo nacional do partido e porta-voz da sigla no Amazonas, Tácius Fernandes, em entrevista ao ESTADO POLÍTICO publicada nesta quinta-feira (30).
A prioridade do partido será a candidatura de Luiz Castro à Câmara dos Deputados.
“Nós devemos fazer um debate ainda. Não temos ainda um panorama, não conseguimos ver quem de fato vai ser candidato ao governo”, observou Tácius Fernandes. “Lógico que contra o bolsonarismo. Isso está na mesa. Nós não faremos aliança com nenhum grupo bolsonarista. E com grupos pró-democracia, progressistas, nós vamos debatendo”, completou.
De acordo com Tácius Fernandes, em relação ao governo os únicos vetados de aliança com o partido até agora são: Amazonino Mendes, Eduardo Braga, Wilson Lima, o atual governador, e bolsonaristas.
“Tem a questão dos bolsonaristas, que é questão sine qua non para a gente, que é sobre a democracia”, respondeu, ao ser questionado sobre com quais grupos a Rede não fará alianças. “E localmente não dá para coligar com Eduardo Braga, Amazonino, esse grupo que está no poder desde Gilberto Mestrinho e que vem se perpetuando. A Rede nasceu aqui para combatê-los, estivemos, estamos e estaremos ao lado oposto a esse grupo”, disse.
Perguntado sobre Wilson Lima, apoiado pela Rede em 2018 e cujo governo teve a participação de membros do partido do primeiro ano de mandato até o rompimento (com Luiz Castro gerindo a Seduc por nove meses, inclusive), Tácius disse respeitar o governador, mas descartou possibilidade de apoio eleitoral no ano que vem, ainda mais agora que ele virou réu em um processo por corrupção.
“O governador teve um posição muito ruim em relação à Covid. Então, a gente não pode se aliançar com quem despreza a saúde. Wilson desprezou a saúde em um momento e agora ele está tentando dar a volta por cima pela vacinação. Mas a vacinação é imperativa, está se impondo no debate. Não é que ele queria. Se ele não fizer, fica pior para ele”, avaliou.
“Mas, coligar com réu fica muito difícil, não tem condições. A gente já saiu do governo. A gente não volta para onde saiu”, completou.
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